Mais
uma vez, a noite foi bem conturbada. Apesar de não ter chovido, tivemos alguns
probleminhas no transcorrer da madrugada. A temperatura estava baixa e a
umidade que vinha do solo era grande. Nem sabemos que hora começou a murchar o
colchão, mas quando estávamos com o quadril no chão resolvemos enchê-lo. Após
uns 5 minutos enchendo colchão e de 10 minutos deitados, nos encontrávamos na
mesma situação do que antes. Sendo assim, desistimos e vimos até quando iria
durar o confortinho. Mais uns 20min e o colchão inflável se transformou num
isolante térmico, completamente vazio! Mesmo com estas condições meio precárias
(colchão vazio, barraca quebrada, vento gelado e umidade brotando do chão),
aguentamos até umas 8h.
Levantamos
já com o sol a pino e, surpreendentemente, o vento havia dado uma trégua. Desta
forma, a sensação térmica subiu bastante e o clima ficou bem agradável.
Enquanto a Cris levantava, dei uma olhada no blog Nas Rodas do Destino e
as sensações e lembranças do nosso início de viagem voltaram à tona. É muito
bom relembrar tudo o que vivemos e todas as incertezas que tínhamos pela
frente! Em seguida, vi o blog das viagens do Fenoy e da Ieda (http://www.brutusnaestrada.com.br),
fui surpreendido por uma postagem sobre o dia em que passamos com eles (http://blog.brutusnaestrada.com.br/). Mais
uma vez relembrei momentos muito bons!
Assim
que a Cris levantou, tomamos mais um cafezão ao estilo colonial e começamos a
nos preparar para partirmos rumo à Capão da Canoa. Demoramos um pouco até
montarmos as bikes, pois sempre que acampamos acabamos fazendo muita bagunça!
Após umas 2h de muita arrumação, nos despedimos do pessoal do Camping Guarita e
agradecemos pela grande hospitalidade. Antes de pegarmos a estrada, ainda
passamos no mercadinho para devolver o vasilhame de 20l de água e pegarmos os
nossos R$12,00 de volta.
Quando
chegamos à Estrada do Mar, ficamos extremamente felizes por não ter aquele
movimento absurdo com o qual estávamos acostumados (a BR-101 é extremamente
movimentada e cheia de caminhões). Além disso, o asfalto tem excelentes
condições e a pista é bem larga, nos dando uma boa distância dos carros.
Pedalamos por umas 2h com um ventinho contra que dificultava um pouco as coisas.
Fizemos uma pequena parada num posto de gasolina para fazer um lanchinho e
irmos ao banheiro.
De
volta à estrada, continuamos o nosso caminho. Após uns 10Km, escutamos uns
barulhos estranhos na roda traseira da minha bike. Em seguida, a bicicleta
ficou bamba e nos obrigamos a fazer uma parada para vermos o que aconteceu.
Para a nossa surpresa, dois raios quebraram e a roda parecia um “8”. Um pouco
chateados, começamos a desmontar toda a parafernália para vermos se
conseguíamos dar um jeito. Infelizmente, depois de uns 20min de análise da
situação, vimos que não conseguiríamos melhorar a situação. Como os raios que
quebraram são do lado do cassete, só conseguiríamos trocá-los com uma chave
para retirar o cassete. Um pouco temerosos por ficarmos a ver navios na
estrada, montamos as bikes e continuamos o a pedalada. Para tentar evitar
problemas mais sérios, soltei o freio traseiro (fiquei somente com o freio
dianteiro) e pedalei de pé o resto do caminho para colocar mais peso na roda da
frente e aliviar um pouco a roda traseira.
Foram
uns 20Km de uma certa tensão até chegarmos ao centro de Capão da Canoa. Assim
que entramos na zona urbana, ficamos mais aliviados e começamos a nos preocupar
onde comeríamos, pois a fome estava grande. Enquanto pedalávamos na Av Paraguassú,
vimos o Babão Pastéis oferecendo PF’s e a la minuta com um precinho bem
camarada. Não tivemos dúvida, encostamos as bikes e nos acomodamos na mesa.
Fomos muito bem atendidos e nos fartamos na excelente refeição. Ficamos
extremamente satisfeitos com a comida e fomos atrás da nossa última questão do
dia: onde dormir.
Como
durante a preparação para a expedição fizemos uma volta pelo Estado e dormimos
um dia aqui em Capão, fomos direto ao Camping Santa Luzia (onde dormimos aquela
noite). Infelizmente, estava fechado e não conseguimos nos instalar ali
novamente. Após procurarmos em algumas pousadinhas próximas, descobrimos que o
Hotel Dellpiaze estava com precinhos bem camaradas. Sendo assim, fomos lá
conferir.
Quando
chegamos ao hotel, duvidamos que o preço fosse realmente barato, pois o
estabelecimento tem uma bela fachada. Porém, como perguntar não ofende, fomos
tentar a sorte. Ficamos surpresos com a notícia que recebemos e, sem dúvida
alguma, nos instalamos.
Após
um bom banho bem quentinho, nos enfiamos debaixo das cobertas (saco de dormir)
e ficamos fazendo os trabalhos. Nem acreditamos que conseguimos colocar os
relatos em dia, pois ficamos um bom tempo correndo atrás da máquina! Depois da
labuta, fomos dar uma olhadinha nas novidades e fizemos contato com a família.
Com
o passar do tempo, o sono foi aparecendo e nos entregamos. Amanhã teremos a
nossa penúltima pedalada. Nem acreditamos que estejamos tão perto de casa e que
a expedição esteja terminando. Passou tudo muito rápido, porém vemos que vimos
muitas coisas quando começamos a relembrar os momentos vividos. Só mais 3
dias...
Gastos
-
Hotel: R$30,00 - Almoço: R$24,00
Estatísticas
-
Distância: 65,3Km - Tempo:
4h06min11” - Média: 15,9Km/h
Condições
da estrada
-
Excelentes.
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