quarta-feira, 31 de agosto de 2011

279° Dia – Palomino – Riohacha – 22/08/2011 – Segunda-feira

 
      Acordamos cedo depois de uma noite de sono meio conturbada, pois tivemos que escolher entre o calor intenso com a barraca fechada ou servirmos de banquete para os mosquitos se deixávamos alguma fresta. Levantamos, tomamos o nosso café da manhã e deixamos o hostel do Bob Marley para trás.
Gafanhoto gigante - entre 15cm e 20cm! 
      O início da pedalada foi tranquilo, apesar do sol forte brilhando num céu azul. Depois de uns 30Km pedalados, fizemos uma pausa num ponto com sombra para fugirmos do calor intenso. Ficamos uns 20min comendo e bebendo. Como nossos pneus estão esvaziando periodicamente, fui dar uma calibrada antes de voltarmos para a estrada. Para o meu desespero, o ventil da câmara do pneu traseiro da minha bike rasgou quando acabei de encher. A vontade era de encher a bike de bicudas, mas não resolveria nada. Com a cabeça um pouco mais fria, comecei a desmontar a bike para conseguir consertar. Foram mais uns 30min de trabalho e a certeza de que teria que fazer uma reforma geral nos nossos pneus quando chegarmos em Riohacha.
      De volta à estrada, continuamos a pedalar sob um sol extremamente forte. Percebíamos uma forte mudança na vegetação e no clima conforme nos afastávamos das montanhas, sendo que tudo ficava mais seco e as árvores se tornavam menores e mais esparsas. Andamos mais uns 30km e tivemos que fazer mais uma pausa. Como a fome já estava latente, paramos num restaurante e pedimos dois almoços de carne assada. O local era bem simples (realmente BEM simples), mas, como não tínhamos outra alternativa, devoramos tudo (sendo que nem a sopa escapou das nossas cucharadas). Após comer, demos uma recostada numa sombra para baixar um pouco a comida.
      Lá pelas 13h30min recomeçamos as pedaladas. Sabíamos que não faltava muito, mas as constantes paradas para clibrar os pneus começavam a incomodar. Como não era suficiente o pneu das duas bikes estra vazando, o pneu dianteiro da minha bicicleta também começou a esvaziar. Não acreditei no que estava se passando: 3 dos 4 pneus esvaziavam a cada 5Km pedalados. Como não tínhamos mais câmaras reservas e não tinha como remendar decentemente (os furos eram bem na base do ventil), continuamos assim até chegar na cidade. Um pouco antes de entrarmos na zona urbana, a Cris avistou um grilho, gafanhoto ou algo deste tipo realmente GIGANTE. O bicho tinha de 15cm a 20cm e se destacava no asfalto. Fomos obrigados a parar e fotografar aquele animal que nunca tínhamos visto antes.
Praia de Riohacha
     Entrando no centro urbano, começamos a busca por hotéis. Como vamos ficar duas noites (amanhã tiraremos o dia para medidas administrativas), procuramos algo que fosse bom e pudéssemos ter um dia confortável amanhã. O problema é que os meus pneus estavam durando somente umas 4 ou 5 quadras, ou seja, tinha que parar para calibrar de 5 em 5 minutos. Depois de uns 30min (ou seja, 6 ou 7 sessões de enchimento de pneu e paciência) e com a paciência já indo para o espaço, achamos um hotel com preços menos exorbitantes. Somente para ver se não tinha mais nada, fiquei no hotel com a minha bike com os pneus arriados enquanto a Cris dava uma volta na região para ver se não tinha mais nada. Como a procura foi infrutífera, instalamo-nos de uma vez e fomos tomar um bom banho relaxante.
     Limpos e com bastante fome, fomos procurar um supermercado e um local para jantar. Achamos um mercadinho, mas com tudo que precisávamos, e um restaurante bem bonitinho. Jantamos e ainda levamos uma fatia gigante de pizza para o hotel para a nossa ceia. Finalmente chegamos de volta ao quarto e pudemos relaxar depois de um dia conturbado e cansativo. Amanhã pretendemos conhecer um pouco mais da cidade (não parece ter nada demais) e fazer todo trabalho burocrático necessário, principalmente uma reforma gerla nos pneus!
Gastos
- Hotel: R$60,00 - Janta: R$18,50 - Supermercado: R$13,00 - Almoço: R$15,50 - Bebidas frias: R$1,60
Estatísticas
- Distância: 95,18Km - Tempo: 5h38min27” - Média: 16,7Km/h
Condições da estrada
- Muito boas.

terça-feira, 30 de agosto de 2011

278° Dia – Parque Tayrona – Palomino – 21/08/2011 – Domingo


     Acordamos um pouco mais tarde do que queríamos e acabamos optando por pegar uma praia até o início da tarde e só depois irmos para a estrada (para tentar fugir do calor extremo). Sendo assim, tomamos nosso desayuno, pegamos o kit praia e fomos nos despedir deste incrível local.
     Ficamos aproveitando o excelente mar, o clima perfeito e a bela paisagem como inspiração para escrever os relatos atrasados. Lá pelas 12h, vimos que já estava na hora e demos nossos últimos mergulhos.
     De volta ao camping, iniciamos a rotina de arrumação para começar a pedalada. Com tudo pronto, fui dar uma calibrada nos pneus. Verifiquei os pneus da bike da Cris e quando fui encher os meus, o pneu traseiro furou. Fiquei de cara por ter rasgado o ventil justamente quando estávamos prontos para sair. Lá se foram mais 30min para arrumar tudo e ainda tive que colocar uma câmara com remendo (acabaram-se as novas e aqui é difícil achar do tamanho que usamos).
     Depois de tudo isso, saímos do parque e paramos para almoçar e comprar água. Finalmente “listos”, começamos as pedaladas rumo a Dibuja. O início foi tranquilo e com um céu nublado que deixava a temperatura bem amena. Agradecíamos por termos tido a ideia de aproveitar a praia pela manhã. Infelizmente, conforme o tempo ia passando, o céu nublado foi se transformando em nuvens de tempestade para tudo quanto era lado.
     Às 16h começou um temporal e não tínhamos onde parar. Como era só chuva (sem raios), continuamos pedalando. Depois de uns 10min, começou a cair o mundo e escutávamos muitos raios. Quando quase não enxergávamos nada a nossa frente e caíram raios muito próximos (mas MUITO mesmo!), vimos que era hora de parar. Encostamos numas “tiendas” abandonadas para esperar dar uma acalmada na chuva.
     Aproveitamos o tempo parados para comer algo. Enquanto devorávamos uma bolachinhas, um rato minúsculo entrou na varanda da tendinha para se abrigar da chuva. O coitado tremia sem parar e caminhava sem rumo, sacudindo-se todo para tirar a água. A Cris ficou com tanta pena que quase pegou o bicho no colo (mas, quando lembrou que era um rato, desistiu). O nosso companheiro acabou entrando em um buraco que dava para o interior da loja e sumiu. Nós continuávamos esperando a chuva passar.
     Após uns 10min de espera, deu uma diminuída no temporal e caímos na estrada novamente. Pedalávamos numa estrada encharcada e com trechos completamente inundados. Depois de uns 30min “nadando”, a chuva forte voltou e tivemos que dar mais uma parada. Desta vez nos protegemos na varanda de uma fazenda.
     Foram mais uns 30min de espera até diminuir a intensidade da tormenta. Não tínhamos escolha, pois o tempo estava se esgotando e começaria a escurecer em breve, sendo que ainda tínhamos bastante para pedalar. Assim que retornamos ao selim, a chuva finalmente parou e o céu abriu um pouco.
     Nesta parte da estrada tínhamos uma bela vista das montanhas que deixamos para trás e do vasto oceano ao nosso lado. Infelizmente, como sempre tem algo para estragar, o pneu traseiro da bike da Cris começou a esvaziar. Paramos, enchemos e torcemos para aguentar até chegarmos em Dibuja.
     Continuamos o nosso caminho e, quando passamos por um trecho em obras, aproveitei para me informar quanto faltava até a cidade. Levei um susto quando o operário me disse que ainda tinha 1h de carro. Já era 18h, a noite estava caindo, o pneu da Cris esvaziando e o meu farol quase descarregado. Para a nossa salvação, ele disse que tinha o povoado de Palomino a uns 30min e que teria onde pernoitarmos lá.
     Um pouco menos preocupados, aumentamos o ritmo para chegarmos o quanto antes. Às 18h30min, avistamos algumas luzes no horizonte e deduzimos que era Palomino. Paramos no primeiro restaurante (se é que podemos chamar assim) e perguntamos se havia onde passarmos a noite. A atendente nos disse que tinha uma hospedaje do outro lado da estrada, na próxima esquina. Fomos até lá e, apesar de termos achado estranho estar tudo escuro, batemos palma e chamamos alguém para nos atender.
     De repente, um vulto começou a se aproximar. Quando chegou na claridade, vimos que estávamos no hostel do Bob Marley. O cara tinha uns dread's até os joelhos e tinha uma certa “calma” no falar e agir. Ele nos disse que estavam sem luz e sem água, mas que tinham habitacion. Como era a nossa única opção (até tinha uma outra hospedaje entrando na cidade, mas o pessoal disse que não era boa), ficamos lá mesmo. Instalamo-nos e saímos para comer antes que fechasse o boteco.
     Chegando no “restaurante”, a Cris pediu uma carne assada e peguei dois bolos de batata (gigantes), uma arepa e uma empanada. Tudo foi calientado na grelha, em cima de folhas de bananeira. Comemos bem e ainda pegamos uma arepa para levar. Na volta ao hostel, passamos num mercadinho para comprarmos uma bolsa de água mineral para podermos tomar banho, pois a única água que tinha no hostel era a acumulada pela chuva.
     De volta à toca do Bob, tomamos banho de bolsa a luz de vela e começamos a arrumar tudo para dormir. Como a situação era crítica, tivemos que montar a barraca em cima da cama para termos um mínimo de higiene. No meio da noite, voltou a energia elétrica e aproveitamos para colocar o farol para carregar e voltamos para a cama.
Gastos
- Hostel: R$24,00 - Janta: R$14,00 - Almoço: R$10,00 - Mercado: R$8,00
Estatísticas
- Distância: 50,62Km - Tempo: 3h06min32” - Média: 16,3Km/h
Condições da estrada
- Muito boas.

domingo, 28 de agosto de 2011

277° Dia – Parque Tayrona – 20/08/2011 – Sábado


Praia de Arrecifes

      Acordamos junto com os primeiros raios de sol da manhã. Levantamos, tomamos nosso café e, como teríamos o dia todo para ficar na praia, aproveitamos que estava cedo para dar mais uma descansada. Lá pelas 8h começamos a arrumar tudo para irmos conhecer a praia de Cabo San Juan. Com o kit praia em mãos, colocamos os pés na trilha.
      Sabíamos que seriam duas horas de caminhada em meio à mata, orla e pedras. Após 50min de muito suor (estava absurdamente quente), chegamos na praia de Arreccifes. A praia é bonita, mas imprópria para banho devido à violência do mar. Continuamos a trilha até a praia de Piscina (seguinte enseada). Esta sim era calminha e convidativa para um bom banho. Sendo assim, sentamos e ficamos admirando a beleza do local por alguns instantes.

Praia de Cabo San Juan

      Como o nosso objetivo era Cabo San Juan, recomeçamos a nossa peregrinação. Caminhamos mais uns 40min entre coqueiros e mata fechada até avistarmos a nossa meta. Ficamos impressionados com a beleza do local. Montamos nossa farofada e fomos para o mar. A água varia entre azul e verde e é extremamente limpa (com a água nos pescoço, enxergávamos nitidamente os nossos pés). Ficamos umas 4h aproveitando ao máximo e agradecendo por termos decidido alterar o nosso cronograma para conhecermos este incrível local.
      Às 15h30min, levantamos acampamento para não pegarmos noite na trilha. Chegando em Arrecifes, ainda fizemos uma pausa para dividirmos uma carne a la plancha e um suco de tomate de arbol (pena que não tem no Brasil, pois o suco desta fruta é delicioso). Depois de comermos, voltamos para a trilha.
      Chegamos até um ponto em que descobrimos um atalho que nos levaria direto à praia de La Piscinita (praia do nosso camping). O único problema é que teríamos que passar pelas grandes pedras do canto da praia. Convenci a Cris de que seria tranquilo e lá fomos nós. Realmente o atalho era um pouco mais difícil do que a trilha (mas bem tranquilo também), mas compensava devido ao ganho de 30min.

Atalho da trilha

      Como chegamos antes do previsto e já estávamos na praia, optamos por pegar mais um marzinho. Quando estava prestes a escurecer, começamos a voltar para o camping. Na passagem pela recepção, fui matar a minha curiosidade e perguntei o preço das diárias do hotel (bungalos no meio da mata com vista para o mar). O atendente disse que as construções atendiam até quatro pessoas e as diárias custavam entre R$500 e R$650, ms tinha o desayuno incluído. Agradeci pela informação e fomos para a nossa humilde barraca.
     Assim que chegamos, tiramos todas as tralhas de dentro da barraca e, mais uma vez, montamos o nosso “depósito externo”. Enquanto a Cris reorganizava o nosso colchão, comecei a fazer a janta: carreteiro de verdura (arroz com batata, cenoura e muito tempero). Aproveitamos o tempo de cozimento para tomarmos banho.
     Limpinhos e com fome, fomos para a barraca para jantarmos (ainda acrescentamos batata palha para dar mais um gostinho). Empanturrados, começamos a nos preparar para dormir, pois amanhã teremos que nos despedir do parque e retornarmos às pedaladas.
Gastos
- Camping: R$22,00 - Almoço: R$18,50

sexta-feira, 26 de agosto de 2011

276° Dia – Santa Marta – Parque Tayrona – 19/08/2011 - Sexta-feira


      Queríamos acordar às 4h30min, mas, como fomos dormir tarde, acabamos levantando só às 5h30min (atualmente, se acordamos e o dia já está claro é sinal de que estamos atrasados). Arrumamos tudo e tomamos o nosso desayuno antes de partirmos. Às 8h iniciávamos as pedaladas em direção ao Parque Tayrona, pois, ontem à noite, vimos fotos da praia de Cabo San Juan e ficamos encantados com a beleza do lugar.
     Quando começamos a pedalar, o sol estava brilhando num céu e o calor já beirava os 30°C. A saída da cidade foi bem tranquila e chegamos na estrada rapidamente. Estávamos um pouco de sangue doce, pois sabíamos que a distância não era muita.
      Depois de uns 10Km pedalados, nos deparamos com a última ramificação da Cordilheira dos Andes que pegaremos na Colômbia. A combinação de subida intensa e calor absurdo por 10Km sugou as nossas energias e fomos obrigados a dar uma paradinha. Ficamos uns 20min comendo, bebendo e tentando baixar a temperatura corporal.
     Voltando para a estrada, subimos mais 1Km e começamos uma longa descida. Este declive nos levou até as proximidades da entrada do parque, onde paramos nos informar dos preços das hospedagens. Ficamos espantados com o valor de R$100 por um puxadinho numa casa sem reboco. Sendo assim, continuamos pedalando até a entrada do parque. Chegando na guarita, descobrimos que a entrada custava R$35 por pessoa e que havia camping (uns R$14) e hotel (uns R$280) no interior do parque. Com tais notícias, decidimos almoçar no restaurante em frente ao parque, comprarmos mantimentos e acampar no parque.
      A nossa principal preocupação quando fomos entrar no parque era a de que o guarda florestal mandasse a gente desmontar todas as nossas tralhas para executar a revista, pois é proibida a entrada com sacolas e com bebidas alcoólicas (vimos ele olhar tudo nos mochilões de um grupo que estava à nossa frente). Para a nossa sorte, ele só encrencou com a “bolsa” d'água e, após voltarmos ao mercadinho e trocarmos a bolsa por uma garrafa d'água, entramos sem ele abrir um alforge sequer (realmente não entendemos a diferença entre sacola e garrafa, mas como é proibida a entrada com sacolas, tudo bem).
     Entramos no parque e fomos direto para o camping da praia de Cañaveral, pois é o único que se consegue chegar com a bike (os demais só caminhando ou a cavalo). Passamos na recepção (mesma de uma rede hoteleira), pagamos as diárias e voltamos para a área de camping para montarmos acampamento. Enquanto escolhíamos o local, escutamos um estrondo de um coco caindo. A partir daí, o quesito “embaixo de coqueiro nem pensar” entrou na lista do que averiguar. Depois de uns 10min procurando algum lugar que não estivesse tomado por formigas, conseguimos achar um pedacinho de terra adequado e montamos tudo. Arrumamos a barraca rapidamente para poder pegar uma praia o quanto antes.
     Com tudo pronto, pegamos o kit praia e lá fomos nós. Caminhamos uns 10min pela trilha e nos deparamos com a bela praia de Cañaveral. Infelizmente, o mar é muito perigoso e é proibido banhar-se no local. Sendo assim, continuamos a trilha até a seguinte enseada. Em poucos instantes, chegamos em La Piscinita, jogamos tudo na areia e fomos para a água.
     Ficamos a tarde toda alternando entre mar e areia (apesar do nome, o mar desta praia não é nada calmo) enquanto combinávamos a nossa ida até Cabo San Juan no dia de amanhã. Serão 4h de muita caminhada para irmos e voltarmos do nosso objetivo principal desta visita ao parque.
      Lá pelas 17h, começamos a voltar para a área de camping, pois não tínhamos nada de iluminação e não queríamos pegar noite na trilha. Chegando na barraca, pegamos o farol, a bateria da máquina e o material escrevente e fomos até a recepção, pois era o único ponto em que poderíamos carregar estes eletrônicos. Ficamos escrevendo os relatos atrasados e vendo televisão enquanto deixamos as coisas na tomada.
     De repente, começa a cair um aguaceiro e vimos que era hora de voltarmos. Depois de uma pancada, deu uma estiada e nos metemos na trilha debaixo de uma chuva fina e uma noite escura. Assim que chegamos no camping, vimos que o local que escolhemos era muito bom, mas, mesmo assim, optamos por nos mudarmos para a varanda de uma grande construção (almoxarifado). Estamos sem isolante térmico, pois eles estão cheios de artesanias e muito bem empacotados, sendo assim, sobe muita umidade da terra molhada.
     No novo empreendimento, começamos a arrumar tudo para o nosso café da noite e para dormirmos. Enquanto a Cris organizava um colchãozinho com as nossas roupas de inverno e os sacos de dormir, eu organizava o resto do nosso material em um “depósito” coberto com a cobertura da barraca (não usaremos devido ao extremo calor e por estarmos em um local coberto).
     Com tudo pronto, Comemos os nossos sanduíches de mortadela e quueijo acompanhados da coca-cola quente que havia sobrado do almoço. De barriga cheia, fizemos a nossa higiene e fomos dormir. Surpreendemo-nos quando olhamos no relógio e era apenas 21h!
Gastos
- Entrada no Parque Tayrona: R$70,00 - Camping: R$22,00 - Almoço: R$20,00 - Mercado: R$13,20
Estatísticas
- Distância: 42,74Km - Tempo: 3h12min18” - Média: 13Km/h
Condições da estrada
- Boas.

quarta-feira, 24 de agosto de 2011

275° Dia – Santa Marta – 18/08/2011 - Quinta-feira

     Hoje acordamos às 8h, animados com o passeio do dia: a praia de Rodadero. Segundo os residentes de Santa Marta, esta é a melhor praia da região. Acreditamos neles, pois a beira mar da metrópole é um porto e a praia parece bem suja.
     Após o excelente desayuno, pegamos o nosso kit praia e fomos para a parada de ônibus. O micro-ônibus chegou em poucos minutos e embarcamos rumo a mais um dia de praia. Subimos o enorme morro que havíamos atravessado de bike ontem e percebemos que até de carro é desconfortável executar aquele trajeto cheio de curvas, aclives e declives.
     Assim que descemos do buse, caminhamos pelas agradáveis ruas de Rodadero até a beira da praia. A cidadezinha parece uma cidade dormitório da classe média de Santa Marta. Todos os grandes hotéis, condomínios e restaurantes se encontram ali.
     Ao chegarmos na praia, não nos surpreendemos muito com o local (agora estamos nojentos com praia). A orla é bem parecida com a das praias de Santa Catarina (principalmente Bombinhas): o mar é azul esverdeado e há inúmeras pedras e montanhas ao redor. A única diferença é a presença de coqueiros e um enorme calçadão no final da faixa de areia.
     Apesar da paisagem não ser muito diferente, a vibração do local era muito boa e passamos o dia todo relaxando a beira mar. Ficamos horas naquele mar piscinão, só curtindo as marolinhas que passavam, quando passavam. Em torno das 16h, o céu começou a se preparar para a chuva e nós entendemos que era a nossa deixa para irmos embora.
     Pegamos o ônibus de volta e paramos no supermercado antes de irmos para o hostel. Ao chegarmos de volta, fui tomar banho de piscina e o Moacir foi ver as passagens para a Dora ir nos visitar em Belém. Quando comecei a murchar, também fui usar a internet. Ficamos postando no blog, falando com a família e os amigos e pesquisando os próximos destinos até tarde. Durante este período, o Ben apareceu no hostel. Ajudamos ele a se instalar e ele foi dormir, pois estava exausto da longa pedalada desde Barranquilla. O Moacir só conseguiu comprar as passagens quando a TAM abriu a compra por pontos (à meia-noite do Brasil) e, enquanto esperávamos, fui beber uma cervejinha para embalar o sono.
     Assim que ambos terminaram as suas tarefas, fomos nos preparar para dormir. Enquanto eu tomava banho, o Moacir ficou conversando com o Ben e escutando as peripécias do dia dele. Em seguida, fomos dormir para conseguir aguentar os 40Km de muito sobe e desce de amanhã.
Gastos
- Hostel: R$36,00 - Ônibus: R$4,80 - Supermercado: R$22,40 - Refri e picolé na praia: R$3,70

segunda-feira, 22 de agosto de 2011

274° Dia – Barranquilla – Santa Marta - 17/08/2011 - Quarta-feira

     Hoje não conseguimos acordar às 4h, como o pretendido, e acabamos levantando às 5h30min. Tivemos que descer todos os equipamentos e montar as bikes, sendo assim, só conseguimos partir às 7h. O sol estava forte e assim que o pedal começou, o suor já encharcou as camisetas.
     A saída de Barranquilla foi um caos, as ruas estavam inundadas e o trânsito muito intenso. Além disso, o subúrbio da cidade é um pouco “sospechoso”. Desta maneira, tentamos pedalar o mais rápido que pudemos, o que, diante das circunstâncias das ruas, era em torno de 15Km/h.
     Assim que atravessamos o rio que separa a cidade da região leste do país, o trânsito se acalmou e um belo acostamento apareceu para nos recompensar. Pedalamos cerca de 55Km em boas condições, com terreno plano, acostamento adequado e uma brisa fresca. Ainda bem que as condições eram favoráveis, pois o primeiro barzinho que vimos no caminho se encontrava no quilômetro 59. Paramos neste bar para nos refrescarmos e para descansarmos um pouco.
     Após meia hora de repouso, voltamos à pedalada. Infelizmente, o calor começou a aumentar e o terreno deixou de ser plano. Tivemos que pedalar os próximos 40Km em um terreno cheio de desníveis e com um calor de 36°C. Em alguns momentos, só pensávamos em parar na sombra e receber um pouco de ar fresco no rosto. A única coisa que ajudava era a vista da bela praia de Rodadero. Para brindar o final da pedalada, nos últimos 5Km, tivemos que subir um morro de 200m de altitude. No meio da subida, tivemos que parar e chamar a mãe! Comemos muitas bolachas, tomamos gatorade e seguimos o nosso percurso.
     Em torno das 15h, chegamos em Santa Marta. Fomos até o hostel La Brisa Loca e perguntamos sobre preços e descontos. Como o dono não estava, eles não puderam nos garantir nenhum desconto, desta maneira, saímos para dar uma olhada na redondeza. Andamos 3 quadras e não vimos nada, como estávamos exaustos, resolvemos arriscar pagar mais, mas, pelo menos, ficar em um hostel com piscina.
     Assim que nos instalamos, fomos até o supermercado para comermos algo e comprarmos os mantimentos para amanhã. A comida não estava das melhores, mas era farta, o que nos serviu para o momento. Após as compras, voltamos para o hostel e nos jogamos na piscina. Ficamos umas três horas murchando na piscina até a fome começar a bater novamente.
     Como estávamos cansados e sem paciência para cozinharmos, fizemos um omelete e comemos com pão. Após a janta, deitamos para dormir, mas faltou luz e o calor no quarto ficou insuportável. Tivemos que ficar nas áreas externas do hostel até a luz voltar e os ventiladores de teto funcionarem. Assim que ela voltou, o calor diminuiu e capotamos.
Gastos
- Hostel: R$36,00 - Supermercado: R$57,00
Estatísticas
- Distância: 102,85Km - Tempo: 6h26min31” - Média: 15,8Km/h
Condições da estrada
- Ótimas, com um largo acostamento e um asfalto perfeito.

domingo, 21 de agosto de 2011

273° Dia – Barranquila – 16/08/2011 – Terça-feira

      Devido ao costume de madrugar, acabamos acordando cedo, mas nos negamos a sair da cama. Estávamos bem cansados pelo retorno às pedaladas. Com o passar do tempo o calor tornou insuportável o ambiente e fomos expulsos do quarto. Descemos para a recepção do hotel e ficamos aproveitando a wifi para atualizar os blogs e pesquisar um pouco sobre a cidade. Não sei se esperávamos muito de Barranquilla ou o que, mas nos decepcionamos muito com a cidade, NÃO TEM NADA PARA SE FAZER!
      Diante de tal situação, saímos sem rumo para dar uma caminhada. Fomos até o centro e a vizinhança começou a ficar um pouco “sospechosa”. A única coisa de interessante que vimos foi como dois homens obtiam o seu ganha pão numa rua completamente alagada em que colocavam uma ponte unindo as calçadas para os pedestres passarem e cobravam pedágio. Como não tínhamos mais nada para fazer, optamos por pegar um ônibus e ficar dando banda pela cidade para tentar conhecer um pouco mais e, se tivéssemos sorte, passar por algum local interessante.
Sempre tem alguém que lucra com a desgraça dos outros!
     Ficamos 1h rodando dentro do maravilhoso ônibus (era muito bom porque tinha ar condicionado...rs...) e não vimos nada demais, sendo a única coisa diferente o estádio que foi utilizado no mundial sub-20. Enquanto passeávamos, começou a chover e optamos por ir direto ao mesmo shopping de ontem para almoçarmos e passarmos no super. Almoçamos na Pizza Pizza e, mais uma vez, estava maravilhosa, compramos alguns mantimentos e voltamos ao hotel. Como a chuva tinha aumentado, esperamos um pouco para sair do shopping, mas não adiantou muito. As ruas estavam alagadas e chegamos a ver um verdadeiro rio numa via de acesso à avenida principal. Chegamos no hotel encharcados e fomos direto para o banho.
     Como a única opção era ficar na recepção usando a wifi, usamos e abusamos das nossas pesquisas, atualizações e contatos com Porto Alegre. Assim foi até a hora de nos recolhermos, pois jantamos no hotel mesmo. Enquanto nos preparávamos tudo para amanhã, o Ben nos disse que não nos acompanharia no trajeto, pois ficaria um dia mais em Barranquilla para conhecer melhor a cidade. Terminamos as arrumações e fomos dormir, pois amanhã teremos que madrugar mais uma vez.
Gastos
- Hotel: R$20,00 - Ônibus: R$4,80 - Almoço: R$15,00 - Supermercado: R$12,33 - Janta: R$14,00

sábado, 20 de agosto de 2011

272° Dia – Galerazamba – Barranquila – 15/08/2011 – Segunda-feira

     Acordamos às 4h30min e o barulho de trovões era bem forte, apesar de não escutarmos a chuva. Sendo assim, tiramos mais uma soneca até às 5h. Nesta hora, nos levantamos e começamos a nos preparar para partir. Tomamos o nosso café, fizemos a nossa higiene e arrumamos as bikes, mas nada de ouvir o nosso amigo Ben. Sendo assim, entrei no quarto para acordá-lo. Falei para ele que estávamos quase prontos e ele poderia sair conosco em breve ou ficar dormindo e mais tarde nos alcançar na estrada. Ele optou por levantar e, em 10min, já estava pronto (mais uma vez não vimos ele comer algo antes de pedalar). Todos “listos”, percebemos que o Rafael não apareceria e começamos as pedaladas, às 6h30min, sob um céu nublado e sobre um piso molhado da chuva da noite.
     Depois de 8Km e quase 1h de chão batido, finalmente chegamos à estrada. O início da pedalada foi tranquila, com um clima ameno, um entorno bem verde devido à vegetação e um relevo bem plano. Com o passar do tempo, uma chuva considerável se fez presente e aclives e declives pouco acentuados deram o ar da graça. Depois de uns 40Km pedalados, fizemos a nossa primeira parada para repousar e repor as energias. Pegamos uma garrafa de dois litros de coca-cola bem gelada para acompanhar um sanduíche (Cris), um “bollo de yuca” (Moacir) – que se mostrou como um purê de aipim prensado em folhas de milho - e 5 potes de iogurte (Ben). O sabor e consistência do bollo de yuca não eram dos melhores, mas, pelo valor nutricional, até que está valendo. Voltamos a pedalar e estava embuchado de tanto bollo de yuca.
     Sabíamos que só faltavam uns 37Km, mas o tempo de inatividade começava a mostrar o seu efeito. Pedalávamos relativamente devagar e as constantes subidas minavam as pernas. Uns 10Km após a nossa parada, encontramos um grupo de ciclismo que estava treinando na região. Ficamos conversando com eles durante uns 10min enquanto pedalávamos na mesma direção e eles ficaram fascinados com a nossa viagem. Quando nossos caminhos se separaram, nos despedimos e continuamos as nossas pedaladas. O Ben continuava conosco e, diferentemente de ontem e do início da pedalada de hoje, já não parecia “estar sobrando” e começava a ter certa dificuldade para nos acompanhar.
     Antes de uma subida mais pronunciada, paramos para que eu ajudasse a Cris e o Ben passou um pouco a nossa frente. Assim que acabamos de subir, encontramos ele parado numas vendinhas. Sendo assim, aproveitamos para dar mais uma paradinha e a Cris pegou uma água de coco bem gelada! Com a aproximação do meio dia (já era umas 11h30min), a chuva tinha ficado para trás e o calor começava a se tornar um incômodo.
Bollo de yuca enrolado em palha de milho
     Depois de uns 20min de sombra, voltamos para a estrada. Felizes por saber que só faltavam mais 20Km, mas um pouco desapontados pela maior incidência de subidas. A combinação de subida e calor é algo que não é nem um pouco agradável! Suávamos muito, mas depois de 1h30min já avistávamos os prédios da cidade. O nosso amigo Ben já estava um pouco desolado e preocupado por não termos informação alguma sobre onde ficar. Explicamos lhe que chegamos na cidade, ligamos o GPS e perguntamos para as pessoas sobre o centro, algum bairro bom para ficar e hotéis, e que, pelo menos até agora, tem funcionado.
     Sendo assim, começamos a entrar na cidade e fomos nos dirigindo ao centro. Paramos algumas vezes para perguntar sobre a periculosidade de alguns locais e sobre hotéis. Nesta altura, o Ben já estava meio fadigado. Enquanto eu conseguia informações num posto de gasolina, ele perguntou para a Cris quantos quilômetros a gente pedalava por dia e ficou espantado por saber que eram uns 80Km e que já chegamos a pedalar quase 190Km.
     Com a informação dos frentistas, achamos facilmente alguns locais e acabamos nos hospedando num hotelzinho bom e barato. O Ben já estava tão cansado que a Cris teve que ajudá-lo a levantar a bike dele para entrar no hotel. Instalamo-nos, tomamos um banho e já descemos para almoçar no hotel mesmo, pois achamos o preço bem acessível (R$6,00 por almoço, com sopa, prato principal e bebida).
     Para prato principal só tinha frango e “sobre-barriga”. Ficamos um pouco na dúvida, mas decidi experimentar algo novo e pedi um de sobre-barriga para mim. Quando chegou, vi que era um “bife de matambre” e que estava muito saboroso (mais um prato que podemos comer nos povoadinhos por quais ainda passaremos). Comemos bastante (a Cris, o prato dela todo e eu fiquei com as duas sopas mais o meu prato) e ficamos ali mesmo aproveitando a wifi para atualizarmos os blogs e nos inteirarmos das novidades.
     Depois de umas 3h de muito computador, subimos para o quarto para darmos uma arrumada na bagunça e nos prepararmos par irmos ao supermercado. Fomos caminhando até um super por qual tínhamos passado na vinda e nos surpreendemos com o tamanho do shopping que encontramos. Ficamos maravilhados com o ar condicionado, pois aqui o calor é bem intenso também. Ficamos uns 30min caminhando pelos corredores meio sem rumo e depois fomos comer. Pegamos dois fast-food (quem visitar a Colômbia não pode deixar de experimentar a pizza da rede “Pizza Pizza” - muito boa!), pois tínhamos comido muito no almoço. Depois de comermos, passamos no supermercado e voltamos para o hotel com novos mantimentos para o nosso desayuno. A nossa vizinhança não é das melhores e não ficamos dando muito volta.
     Chegando no hotel, guardamos tudo, tomamos mais um banho para tirar o suor da caminhada e nos preparamos para dormir. Amanhã pretendemos dar uma volta pela cidade para ver o que há de bom.
Gastos
- Hotel: R$20,00 - Supermercado: R$10,20 - Almoço: R$12,00 - Janta: R$18,00 - Comidas na pedalada: R$6,30
Estatísticas
- Distância: 79,61Km - Tempo: 5h09min23” - Média: 15,4Km/h
Condições da estrada
- Muito boas, apesar da saída da cidade ser toda de chão batido e completamente esburacada.

sexta-feira, 19 de agosto de 2011

271° Dia – Cartagena – Galerazamba – 14/08/2011 – Domingo

    Hoje acordamos às 6h30min e começamos a preparar tudo para a viagem. Como tínhamos que trocar a câmara do meu pneu traseiro e tirar a ferrugem das bikes (pois passaram dez dias pegando chuva em uma cidade cheia de maresia), demoramos muito para ficarmos prontos. Sendo assim, optamos por esperar até às 8h e tomarmos o café da manhã do hostel.
     Durante o café, o Ben (cicloturista que conhecemos no hostel) veio falar conosco e confirmar que faríamos o trajeto de hoje juntos. Sendo assim, ficamos esperando ele terminar de se arrumar. Aproveitamos este tempo livre para perguntarmos para o recepcionista do hostel sobre Galerazamba.
Ben e Rafael
     Quando todos terminaram de se arrumar, partimos rumo à pequena cidade do vulcão Totumo. O sol estava forte e o calor intenso. Nos primeiros kilômetros,conseguimos imprimir um ritmo mais forte. Entretanto, após 2h de pedal, o calor e a umidade que subia das zonas alagadas nos venceu. Tivemos que diminuir a velocidade, mas não desistimos.
     Assim que chegamos na entrada de Galerazamba, o Moacir foi perguntar em um posto se haviam hotéis na região. Quando ele voltou, nos ofereceu as seguintes opções: pedalar 4Km até a praia, onde haviam pessoas que alugavam casas; pedalar 2Km até o vulcão, onde não havia onde parar; e ficar na estrada, em uma pousadinha próxima à gasolinera. Após algum tempo de indecisão, optamos por pedalar até a praia, pois o calor não deixava outra opção.
     Logo que entramos na estrada para a praia, nos arrependemos da nossa escolha. A estrada era de chão batido e com direito a ponte caída e brita solta. A única coisa que nos animava a seguir era a perspectiva de um banho de mar.
     Assim que chegamos no povoado de Galerazamba, fomos perguntar onde haviam casas para alugar e um senhor se prontificou a chamar o responsável pelas casas e ainda nos ofereceu restaurantes. Claro que, depois de tudo isso, ele nos pediu uma propina, mas valeu a pena. Acabamos alugando uma casa de 2 quartos, 2 banheiros, com sala e cozinhas, por R$30,00 no total.
     Após nos instalarmos, fui tomar banho enquanto o Moacir ficou conversando com o Ben e com um vizinho de 12 anos chamado Rafael que ficou curioso com os “gringos” e foi se apresentar. Quando saí do banho, fomos conhecer a beira-mar. Para o nosso azar, a praia era ruim e sem areia. Ficamos pouco tempo na água e saímos para almoçar.
     Ao chegarmos no restaurante, nos avisaram que a comida já havia acabado. Desta maneira, fomos em um mercadinho e compramos coisas para cozinhar e para lancharmos. Voltamos para casa, preparamos uns lanches e ficamos conversando entre um snack e outro. O Ben tem um sistema muito legal com dínamo no cubo dianteiro da sua bike que ele utiliza para recarregar todos seus equipamentos eletrônicos. Pena que tudo acaba tendo um certo demasiado peso e parece meio delicado para uma viagem longa. Também perguntamos para ele se a velocidade de hoje não tinha sido muito baixa e ele disse que um pouco abaixo do que estava acostumado a pedalar, mas entendia por estarmos há tanto tempo na estrada.
"Bloco de Carnaval"
     Mais tarde o Rafael voltou a nos visitar e acabamos tendo uma tarde curtural, conhecendo um pouco mais sobre o povo colombiano e o norte-americano. Para brindar essa miscigenação, no fim da tarde, assistimos a um desfile de dança folclórica que passou em frente à nossa casa.
      Com o cair da noite, o Moacir cozinhou uma deliciosa massa para todos nós. O Rafael acabou indo para casa,mas prometeu retornar amanhá, às 6h, para nos despedirmos, e nós 3 devoramos uma panela de massa. Após o jantar, organizamos as bikes para amanhã e fomos dormir.
Gastos
- Casa: R$20,00 - Supermercado: R$13,20
Estatísticas
- Distância: 59,79Km - Tempo: 3h39min15” - Média: 16,2Km/h
Condições da estrada
- Muito boas, apesar da entrada da cidade ser toda de chão batido e completamente esburacada.

quinta-feira, 18 de agosto de 2011

270° Dia – Cartagena – 13/08/2011 – Sábado


     Acordamos cedo, mas uma certa gripe e uma forte dor de ouvido fez com que voltássemos para a cama. Seguimos assim até o meio da manhã, quando finalmente levantamos. Antes de mais nada, fomos direto à recepção para avisarmos que ficaríamos mais uma dia (pois o hostel estava cheio e queríamos garantir a nossa cama). Com o nosso cantinho reservado, tomamos nosso desayuno e começamos a fazer a parte burocrática do projeto. Tínhamos muito o que escrever, publicar e tentar contato com o pessoal de Porto Alegre. Ficamos mergulhados nestas tarefas durante umas 4h. Lá pelas 14h30min, saímos para almoçar. Comemos num restaurantezinho próximo ao hostel, passamos numa farmácia para comprar um remédio para a dor de ouvido e já retornamos ao hostel.
     Assim que chegamos, demos uma recostada, pois tínhamos um mal estar e bastante dor de ouvido. Dormimos umas 2h e começamos a arrumar tudo logo que acordamos. Quanto mais tempo que ficamos parados, mais bagunça fazemos! Tinha muita coisa para organizar e ficamos mais umas 2h nessa função. Com o cair da noite, deixamos para arrumar o pneu da Cris amanhã pela manhã e fomos fazer a nossa janta. Tomamos um cafezão e começamos a nos prepararmos para dormir.
     Quando voltamos de San Andrés, percebemos que tinha mais uma bicicleta equipada com aparatos para cicloturismo no pátio do hostel e acabamos conhecendo o seu dono enquanto arrumávamos a nossa cama. Ben (http://bicyclesouthamerica.com) é um americano que está começando a sua ida até a Terra do Fogo (extremo sul do continente) pela cidade de Cartagena. Seu itinerário coincide com o nosso (Cartagena a Santa Marta) e acertamos de pedalarmos juntos amanhã (será o primeiro dia de pedal da sua expedição).
     Com tudo arrumado, fomos dormir, pois amanhã pretendemos acordar às 4h30min para não pegarmos muito tempo de calor extremo.
Gastos
- Hostel: R$42,00 - Almoço: R$16,00

quarta-feira, 17 de agosto de 2011

264° a 269° Dia – Cartagena – San Andrés – Cartagena – 07/08/2011 – 12/08/11 – Luna de Miel




Windsurf na praia de San Luis
  
   Resolvemos fazer um relato único dos nossos cinco dias de lua de mel oficial, pois nos reservamos o direito à privacidade (..hehehe...). Saímos no domingo e voltamos na sexta-feira da respectiva semana. Deixamos os nossos equipamentos e as bikes no hostel em Cartagena e partimos somente com roupas leves e os passaportes em mãos.
    Para chegarmos no aeroporto, pegamos um táxi coletivo (que é o mesmo preço do ônibus) e, em 15mim, já estávamos lá. Como fizemos toda a reserva pela internet, ficamos um pouco receosos que as nossas passagens não tivessem sido compradas, mas, felizmente, tudo deu certo. O voo foi tranquilo e sem atrasos, sendo assim, às 14h30min já pousávamos em San Andrés.

Snorkel em San Luis

    Desde que saímos do avião fomos surpreendidos com a beleza da praia. O mar parece uma mistura de azuis que variam desde um azul celeste e cristalino até, segundo o Moacir, o azul listerine. Pegamos um ônibus que saí do aeroporto e passa por toda ilha para chegarmos ao hotel. Aproveitamos para conhecer a cidade, que é simples, cheia de free shops, superpopulada, mas muito simpática.
    Assim que chegamos no Decameron San Luis, os mimos já começaram. Os funcionários se ofereceram para carregar as nossas bagagens, nos encaminharam para cada setor do check-inn e ainda fizeram uma apresentação oficial do hotel e das suas atividades. Fomos levados até uma grande e confortável habitacion com direito a TV de led, ar condicionado e frigobar. Assim que nos instalamos, passamos no quiosque dos snacks para fazermos um lanche e fomos curtir a praia. A praia de San Luis é uma estreita faixa de areia branca banhada por um mar de três cores, devido à diferença de profundidade e à presença de rochas.

Snorkel em Rocky Cay

    Ficamos na praia até o anoitecer e, à noite, fomos jantar no restaurante japonês. Sim, fui obrigada a comer sushi para que o Moacir não comesse camarão (já que ele tem alergia e é teimoso). Como estávamos exaustos, saímos do jantar e fomos dormir.
    No dia seguinte, acordamos às 8h e fomos provar o maravilhoso desayuno buffet do restaurante internacional do hotel. A comida era farta e maravilhosa, nos empanturramos com sucos naturais, frutas tropicais, cereais, pães diversos, panquecas, ovos mexidos, embutidos, entre outras delícias. Após o café, descansamos um pouco na volta de uma das três piscinas do hotel e, em seguida, fomos para a praia. Fizemos snorkel e um minicurso de windsurf com o querido professor Carlos. O Moacir já saiu navegando desde a primeira aula e eu saí com dor nos braços e nas pernas.

Naufrágio em Rocky Cay

    Voltamos para o hotel na hora do almoço e comemos muito no buffet. Estamos fazendo dieta de engorde nesta semana. Após o almoço, passamos na quiosque do sorvete e fomos para o quarto para deixar a comida “baixar”. No início da tarde, fomos para o clube de praia Rocky Cay – uma sede da rede hoteleira na beira de uma prainha sem ondas onde se pode fazer snorkel entre corais e em um naufrágio, além de ir caminhando até uma ilhazinha no meio do oceano com água pela cintura. Passamos a tarde oscilando entre água, mergulho e drinks. No fim da tarde, pegamos um pôr-do-sol no restaurante que fica na beira da praia de Rocky Cay. Após o excelente jantar tipicamente caribenho, voltamos para o hotel e capotamos.

Ida para a ilha de Aquário

    Para o terceiro dia, havíamos programado um passeio até as famosas islas Aquário e Jhonny Cay. Sendo assim, acordamos cedinho e tomamos um bom café da manhã para pegarmos a van que nos levaria até o muelle. Enquanto esperávamos a embarcação, aproveitamos para comprar um kit de snorkle, para os dois puderem mergulhar juntos. Embarcamos em um barco com fundo de vidro e, durante o translado, pudemos observar a vegetação, os corais e os diferentes tons de azul daquele incrível mar.
    Chegando no Aquário, pegamos o equipamento de snorkel e caímos na água. Vimos muitos cardumes a nossa volta. As espécies eram praticamente as mesmas que havíamos visto em San Luis, mas a quantidade era absurda. Depois do mergulho, entendemos porque a ilha se chama Aquário. Saímos da água após 2h de deslumbramento e caminhamos por dentro do mar até a ilha que fica ao lado. Durante o percurso, passamos pelas águas mais cristalinas que já havíamos visto em nossas vidas (contando piscinas, água da torneira e até mineral!). Tiramos um milhão de fotos e aproveitamos muito a água.

Caminho entre Aquário e uma ilha anexa (50m de água pela cintura)

    Em seguida, pegamos um barco que nos deixou na isla Jhonny Cay. A ilha é linda (toda estruturada para o turismo, mas tudo bem) e o mar é azul listerine, chega a ofuscar a vista. Os únicos problemas são que possuí muitas pedras na beira, o mar é um pouco brabo e todos os turistas vão para lá, o que acaba um pouco com o romance do local.
    Voltamos para San Andrés e fomos almoçar no hotel Decameron Aquarium, o principal hotel da rede, que tem todos os quartos construídos em ilhas artificiais dentro do mar. O hotel é muito legal, cheio de deck's comunicando os prédios, piscinas com vista para o mar e um bar dentro da piscina, onde se pode beber com os pezinhos dentro d'água.

Praia de Jhonny Cay

     Após o almoço, saímos para dar uma olhada nos free shops. Infelizmente, nos decepcionamos um pouco, pois aqui existi muita falsificação. Sendo assim, acabamos comprando só hidratante corporal, protetor solar e chocolates. Na volta para o hotel Decameron Aquarium (onde havíamos reservado o restaurante em que jantaríamos), marcamos um mergulho duplo para o Moacir amanhã. Ao chegarmos no hotel, ficamos curtindo a piscina e o bar até a hora da janta. Comemos em um restaurante italiano e, após duas taças de vinho branco, comecei a me sentir mal e tivemos que voltar para o hotel. Não cheguei a pagar mico, mas dormi das 20h até às 7h do dia seguinte.

Praia em Jhonny Cay

    Acordamos e fomos tomar café, não abusei muito e o Moacir também comeu pouco para não passar mal no mergulho. Após o desayuno, ele foi para o mergulho e eu voltei para a cama. A manhã de sono ajudou para que me recuperasse do mal estar de ontem. Às 13h, o Moacir voltou, encantado com os corais e a visibilidade dentro da água, e fomos almoçar (Moacir - tinham diversas espécies de vida marinha, mas o que mais chamou a atenção foram dois peixes leão que vi bem de pertinho!). Passamos o almoço conversando sobre o mergulho e programando os nossos últimos dias na ilha. Ficamos o restante do dia curtindo a praia de San Luis. À noite, jantamos no restaurante internacional do hotel e fomos dormir.

Snorkel em Jhonny Cay

     O nosso último dia de curtir a tarde na ilha, acordamos cedinho e, após o café, fomos para a praia. Tivemos uma agradável manhã praticando windsurf e caiaque. Vimos uma barreira de corais vivos, deslumbrante. Além de ouriços do mar e diferentes cardumes. Quando olhamos para o relógio, já era 12h30min, sendo assim, fomos almoçar. Comemos no hotel e voltamos para a praia. Passamos mais uma tarde de muito snorkel, drinks e classes de dança. Saímos da praia no fim da tarde e nos preparamos para jantar no Decameron Marazul.

Snorkel em Jhonny Cay

     Assim que chegamos nesta sede, nos impressionamos com a beleza e o requinte do lugar. A única desvantagem dela é que fica perto dos mangues, o que “suja” a água do mar e a deixa apenas verde. Jantamos no restaurante Caravelle que, na nossa opinião, foi o melhor de todos. A comida, a vista, o atendimento, tudo estava perfeito. Após a janta, passeamos pelo hotel e voltamos para o nosso. Conseguimos pegar um divertido concurso que estava acontecendo. Após muita risada, fomos ver como estava a discoteca do hotel. Como estava bem vazia, pegamos alguns drinks no piano bar e algumas hamburguesas no quiosque dos snacks e voltamos para o quarto.

Snorkel na ilha de Aquário

    No dia seguinte, já acordamos saudosos. Tomamos o nosso café da manhã como se fosse a nossa última refeição. Fui na enfermaria para ver uma dor de ouvido que estava começando a me incomodar e o Moacir foi fazer o check-out. Após a despedida do hotel, pegamos o ônibus para o aeroporto. Com a certeza de que esta foi a melhor lua de mel que poderíamos ter imaginado! Recomendamos à todos que querem conhecer o Caribe e ainda não tem um destino definido. O lugar é encantador e possui atrativos para todos os gostos. Repito: Te quiero, Caribe!

Kayak em San Luis

     Bem, depois que aterrissamos em Cartagena, sofremos os primeiros choques de realidade: ônibus cheio, trânsito caótico, pessoal sem saco no hostel, almoço no supermercado, fila no supermercado, ruas alagadas pela chuva, barulho no quarto a noite toda e aumento na dor de ouvido. Sentimos aquela sensação de voltar para casa no domingo tendo que trabalhar na segunda. Mas, está tudo bem, pois aproveitamos demais e, digamos, que o nosso trabalho nos realiza. Boa noite.

terça-feira, 16 de agosto de 2011

263° Dia – Cartagena (Barú) – 06/08/2011 – Sábado


     Hoje acordamos cedo, pois estávamos animados para conhecer a Playa Blanca, uma praia que haviam nos dito que era muito bonita. Após o desayuno, pegamos o nosso kit praia e fomos para a parada de ônibus. Ao chegarmos lá, perguntamos se o ônibus para Passacaballos parava ali. Recebemos a informação de que sim, mas que demorava muito. Sendo assim, abrimos o nosso guarda-sol Eclipse e esperamos.
     Poucos minutos depois a abertura do Eclipse, já percebíamos algumas pessoas se aproximando para fugir do sol escaldante. O mais engraçado, era que elas ficavam fingindo que não estavam ali por causa da sombra. Demos muito risada de tudo isso e complementamos o nome dele para Eclipse – o guarda-sol da amizade!
     Ficamos uns 15min esperando o ônibus e, como estranhamos a demora, perguntamos para os donos de uma vendinha se o buse realmente parava ali. Eles nos disseram que sim e se prontificaram a nos avisar quando ele passasse. Poucos minutos após, eles gritaram para o motorista que estava do outro lado da rua para que este parasse e nos mandaram correr até lá. Sai correndo, desesperada, para fazer o ônibus esperar enquanto o Moacir fechava o Eclipse.
     Felizmente, conseguimos pegar o ônibus e sentar em um lugar na sombra. O calor estava insuportável e as nossas roupas ficaram encharcadas durante a viagem. Uma hora após entrarmos no ônibus, chegamos à cidade satélite de Cartagena, Passacaballo. Ao descermos, seguimos as placas até o ferry boat.
     Assim que chegamos na beira do rio, percebemos que o “ferry” era uma pequena balsa que os locais usavam para atravessar os 100m de rio. Entramos na balsa e abrimos o Eclipse. Mais uma vez, o guarda-sol da amizade atraiu muitas pessoas, o que nos ajudou a passar o tempo da travessia.
     Quando chegamos na outra margem do rio, fomos nos informar sobre o transporte que nos levaria até a beira da praia. Ficamos surpreendidos ao saber que o único meio de transporte corrente era o moto-táxi. Na Colômbia, o moto-táxi não é um carrinho carregado por uma moto (como no Peru), mas sim, um motoqueiro que te leva na garupa e ainda te cobra por isso (hehehe). Como não tínhamos alternativa, subimos nas motos e fomos para a praia.
     Durante o percurso, percebemos que não existe direção defensiva neste país, pois quase desloquei uma vértebra cervical e o Moacir quase voou da moto. No fim das contas, tudo saiu bem e chegamos a salvo. Os motoqueiros nos deixaram no estacionamento da Playa Blanca e nos indicaram a trilha até o mar.
     Assim que chegamos na praia, ficamos boquiabertos: o mar era igual àquelas propagandas do Caribe que tantas vemos na televisão e nunca imaginamos encontrar de verdade. Montamos acampamento, super empolgados, e nos jogamos no mar. A água estava morna e transparente, não dava vontade de sair.
     Depois de murcharmos meia hora dentro da água, fomos tirar algumas fotos da praia. Durante a sessão fotográfica, deixei a câmera subaquática e o óculos de natação do Moacir em cima de um tronco de árvore. Quando paramos de fotografar, fomos procurar os equipamentos e eles não estavam mais lá.
     Ficamos chocados com a velocidade com que as coisas aconteceram e deduzimos que alguém deveria ter passado e levado tudo. Começamos a procurar por todos os lados e até recebemos ajuda de um vendedor que se comoveu com o nosso dilema. Após alguns minutos, o Moacir encontrou a câmera boiando na beira do mar. Ficamos aliviados e começamos a vasculhar o mar para encontrarmos os óculos, mas não obtivemos sucesso. O mar havia levado os óculos mas, pelo menos, havia nos devolvido a câmera.
     Resolvemos esquecer o óculos e ficar agradecidos por não termos perdido a câmera (pois havíamos comprado-a, principalmente, para levarmos para San Andrés, viagem que faremos amanhã). Voltamos a aproveitar a praia e o mar caribenho.
     Depois de algum tempo dentro d'água, o Moacir avistou um menino com um óculos igual ao dele. Como o óculos foi comprado no Equador e não existe essa marca na Colômbia, ele foi perguntar para o menino se este havia achado os óculos e se oferecer para comprá-lo de volta. Surpreendentemente o menino negou que havia achado o óculos e rechaçou a proposta do Moacir.
     Ficamos indignados com a mentira, mas pensamos: tudo bem, vamos fazer uma criança feliz. Seguimos na praia, aproveitando o mar e tirando muitas fotos. No meio da tarde, o menino dos óculos do Moacir passou por nós. O Moacir repetiu a oferta de comprar os óculos e ele deu uma risadinha irônica, dizendo que não iria vender os óculos que o pai dele havia comprado. Esta atitude do garoto despertou a ira do Moacir. A partir daí, ele não parava de falar que se não fizesse nada, o menino iria se transformar em bandido (entre outras coisas).
    Ficamos observando o garoto e percebemos que ele era familiar de um pessoal que fazia passeio em banana-boat. Durante o resto da tarde, ele entregou os óculos para os adultos cuidarem e fomos obrigados a ver os óculos desfilando ante os nossos olhos. Mas o Moacir estava decidido a não deixar as coisas assim.
     Logo que a equipe da banana-boat encerrou suas atividades, o Moacir foi falar com o rapaz que estava com os óculos. No princípio ele tentou negar e inventou uma outra história sobre a compra do óculos. Para a nossa sorte, apareceu um amigo dele que era honesto e disse para ele devolver o óculos, pois o menino havia encontrado ele no início do dia. Após essa situação constrangedora, o Moacir ofereceu comprar os óculos por R$5,00 em troca do rapaz ensinar as crianças a dizer a verdade. Neste clima de vergonha e resignação, o Moacir pagou o resgate e recebeu o seu óculos de volta. Como em todos os lugares em que passamos, sempre há alguém honesto e generoso para nos mostrar que nem tudo está perdido.
     Após toda esta confusão, o Moacir foi dar uma buceada e, quando ele voltou, arrumamos tudo para partirmos. Caminhamos até o estacionamento onde havíamos sido deixados e, assim que chegamos, vimos que não tinha moto-táxi, só um ônibus velho e lotado. Enquanto discutíamos sobre o que fazer, uma senhora de dentro do ônibus nos disse que poderíamos pegá-lo até o povoado e, tomarmos um moto-táxi lá. Aceitamos a oferta e agradecemos.
     O caminho foi tranquilo, apesar do “sacolejo” do ônibus e da poeira nas motos. Fizemos todo o caminho de regresso e, às 19h, chegamos ao hostel. Como estávamos exaustos da viagem, tomamos banho, postamos os relatos atrasados, jantamos o restante da comida que havíamos comprado nos últimos dias e fomos dormir. Amanhã teremos que acordar cedo para arrumarmos tudo para estarmos no aeroporto às 10h, rumo a nuestra LUNA DE MIEL!
Gastos
- Hostel: R$42,00 - Translado de ida e volta a Barú: R$37,80 - Suco: R$2,00 - Supermercado: R$62,00 - Resgate dos óculos: R$5,00