domingo, 31 de julho de 2011

249° Dia – Valdivia – Taraza – 23/07/2011 – Sábado


     Hoje acordamos às 9h, exaustos! Como tínhamos que seguir a pedalada, tomamos o nosso café da manhã e saímos. Para a nossa sorte, o dia estava nublado e o calor moderado.
     Os primeiros 20Km foram perfeitos: uma descida íngreme dos altos das montanhas até a margem do rio. Além disso, a sombra das árvores davam uma agradável sensação de frescor. Conforme íamos descendo, entretanto, o calor ia aumentando e o sol aparecendo.
     Assim que passamos a ponte e atravessamos o rio, começou o sobe e desce. Felizmente, subíamos poucos metros de altitude e, como seguíamos a margem do rio, a predominância era de descida.
      Após 14Km de aclives e declives, paramos para almoçar num restaurante de beira de estrada. A comida estava boa e havia um ventilador para nos refrescar. Ficamos 1h sentados descansando e esperando o sol “baixar”.
      Quando voltou a ficar nublado, nós também voltamos à estrada. Passamos por diversas mangueiras de água (que os locais utilizam para lavar caminhões, aproveitando a água que desce pela cascatas em direção ao rio) e tínhamos de nos jogarmos sobre cada uma delas. Como todas estavam bem cuidadas pelos proprietários meio mal encarados, deixamos para uma próxima vez.
      Conforme ia entardecendo, a umidade do ar fazia com que respirar ficasse cada vez mais difícil. O vento era quente e “pesado” e isso nos desanimava um pouco. Sempre que parávamos para nos refrescar, éramos observados pelas diversas iguanas que habitavam a beira do rio. Houve uma ocasião, inclusive, em que um menino teve medo de entrar em casa pois a iguana estava barrando a sua porta.
     Quando chegamos em Taraza, paramos para perguntar para um vendedor onde era o centro da cidade. Ele nos indicou que deveríamos fazer a nossa última subida íngreme do dia até chegarmos à praça da igreja. Paramos num hotelzinho na rua da praça e como o ambiente não era dos melhores e o hotel era bom e barato, já nos instalamos.
     Após um bom banho gelado, saímos para comer. Fomos até a praça e não haviam restaurantes, sendo assim, lanchamos uma pizza de banquinha e voltamos para o quarto. Ficamos 2h escrevendo os relatos atrasados e renomeando as fotos. Como estamos a três dias sem internet, estamos arquivando os dados para quando encontrarmos uma lan house.
     Depois de 2h de trabalho, a fome voltou a bater e saímos a caça de restaurantes. Fomos até a estrada e acabamos ficando no mais ajeitadinho. Comemos uma bandeja de carne acompanhada do refrigerante local “Colombina” e, após a janta, fomos a uma sorveteria. Pedimos uma banana-split para dividirmos, a qual estava deliciosa. Depois de comer tanto, voltamos ao quarto para jiboiarmos um pouco. Agora, esta chovendo forte e começa a refrescar o ambiente. Graças a Deus, vamos conseguir dormir.
Gastos
- Hotel: R$30,00 - Almoço: R$11,60 - Pizza: R$7,00 - Água: R$2,20 - Janta: R$13,50 - Banana-split: R$3,50
Estatísticas
- Distância: 63,28Km - Tempo: 3h17min29” - Média: 19Km/h
Condições da estrada
- Boas, apesar de quase não ter acostamento.

sábado, 30 de julho de 2011

248° Dia – Santa Rosa de Osos – Valdivia – 22/07/2011 – Sexta-feira


     Acordamos com um certo cansaço mesmo depois de uma longa noite de sono. Sando assim, ficamos acordados e sem coragem de sair debaixo das cobertas das 7h às 8h30min. Finalmente levantamos, tomamos nosso desayuno e voltamos para mais uma recostada. Fomos levantar, realmente, às 10h e ainda sentíamos as pernas pesadas.
     Arrumamos tudo rapidamente e saímos a procura de um mercado, pois não tínhamos uma gota d'água. Paramos numa vendinha no acesso à cidade, compramos tudo que queríamos e partimos rumo ao norte, pois não tínhamos destino definido (Yarumal – 45Km – ou Valdivia – 85Km).
     Sabíamos que o dia seria um sobe e desce constante, mas não achávamos que teríamos um início tão difícil (acho que foi o cansaço acumulado de ontem). Pedalamos por 19Km com predominância de subidas por entre as montanhas. Chegamos até uns 2.700m de altitude (acreditamos que hoje é o último dia da viagem em que superamos os 2.000m de altitude) e estávamos com fome e cansados. Avistamos um restaurante e tivemos a certeza de que seria ali mesmo que almoçaríamos e descansaríamos um pouco.
     “Estacionamos” as bikes e pedimos um almoço (sempre dividimos um prato – a Cris com 3/5 do prato e eu com a sopa mais 2/5 do prato – enquanto estamos pedalando para não ficarmos empanturrados). Em poucos instantes, chegou a sopa, a bandeja (arroz, bife, salada, banana frita e feijão), um suco de manga e um “pão de milho” (tipo um bolinho de pasta de milho assado na brasa que fica com uma casca dura e o miolo mole). Comemos tudo sem pressa alguma e, depois de descansarmos um pouco, voltamos para a estrada.
     Assim que recomeçamos a pedalar, fomos surpreendidos por uma longa descida (20Km) que nos levou rapidamente (batemos o nosso recorde de velocidade e chegamos a 65Km/h) ao pé do morro em que fica a cidade de Yarumal. Como estava cedo (14h45min) e sabíamos que os 36Km até Valdivia seriam, predominantemente, de descida, optamos por seguir viagem. Por segurança, perguntamos para algumas pessoas sobre o caminho e todas ratificaram as informações que tínhamos.
     Porém, logo de cara, nos deparamos com uma subida de 7Km que acabou com toda e qualquer reserva de energia que nos restava. Para a nossa felicidade, a descida começou em seguida. Foram 10Km de felicidade descendo por um belo vale que nos fez lembrar de cenas do filme “Parque dos Dinossauros”. A mata era exuberante e as inúmeras cachoeiras no meio dos morros completavam a lindíssima paisagem.
     Mas como nem tudo são flores, o “plano” que nos disseram que teríamos pela frente se mostrou, na verdade, uma subidinha leve, porém incomodativa. Não tínhamos força para mais nada e fomos obrigados a dar uma parada para recarregar as baterias. Ficamos uns 20min comendo e especulando sobre o caminho que ainda nos restava.
     Retornamos para a estrada um pouco mais dispostos e deixamos para trás a subidinha. Em seguida iniciou mais uma longa descida. No meio dessa, uma forte neblina tomou conta da estrada, da paisagem, de tudo! Nunca, nas nossas vidas, havíamos visto uma neblina tão den  sa. Mesmo de bicicleta, não enxergávamos 10m a nossa frente! Com tal situação, paramos, ligamos as luzes e decidimos descer “pegando vácuo” atrás de algum caminhão, pois, assim, pelo menos não correríamos o risco de algum carro do sentido oposto que estivesse ultrapassando nos atingisse por não nos ver.
     Foram mais uns 15Km de descida lenta e tensa, mas que nos levou até Valdivia. Com o transcorrer da descida, a neblina foi ficando para trás e pudemos observar mais um imenso e belo vale. Faltando 1Km para chegarmos ao nosso objetivo, começou a cair um pé d'água. Por sorte, estávamos perto e já começamos a fazer a pesquisa nos hotéis. Todos da estrada só tinham água fria e optamos por ir até o centro do povoado para ver se tinha algum com água quente. “Escalamos” uma ruazinha que levava ao centro (subida parecida com a da Lucas de Oliveira em Porto Alegre) que era tão íngreme que os pneus chegavam a patinar.
     Chegamos ao centro e não havia nada. Sendo assim, passamos num mercadinho para comprar tudo para amanhã e retornamos ao primeiro hotel na estrada que tínhamos visto. Instalamo-nos, tomamos um “bom” banho gelado e saímos para jantar.
     Comemos num restaurantezinho aqui ao lado e provamos o “claro” (igual à mazamorra, mas sem os grãos de milho), mas também não agradou muito. Agora estamos de volta ao quarto e só queremos ficar deitados para descansar. O cansaço vem se acumulando e ainda temos muito o que pedalar até chegar às praias caribenhas. Tomara que a nossa previsão de que a partir de amanhã o terreno seja predominantemente plano esteja certa!
Obs.: Hoje confirmamos que o exército está com um efetivo muito grande espalhado por toda a estrada (segundo o Marcelo – recepcionista do GEO Hostel de Medellin, tudo isso é devido a um atentado terrorista das FARC's com carro bomba que aconteceu mês passado na cidade de Yarumal).
Gastos
- Hotel: R$15,00 - Mercado: R$13,20 - Almoço: R$10,00 - Janta: R$21,50
Estatísticas
- Distância: 86,90Km - Tempo: 5h20min30” - Média: 16,26Km/h
Condições da estrada
- Ruins, pois quase não existia acostamento.

sexta-feira, 29 de julho de 2011

247° Dia – Girardota – Santa Rosa de Osos – 21/07/2011 – Quinta-feira

     Hoje acordamos cedo e preparamos tudo para a partida. Saímos de Girardota e perguntamos para uns motoristas qual seria o melhor caminho para chegarmos até Santa Rosa de Osos e eles nos indicaram um “atalho”. O caminho não era o que pretendíamos fazer, mas valeu a pena pela sombra e pelo terreno plano.
      Assim que chegamos no pé da montanha, percebemos que não teríamos para onde fugir: teríamos que subir, e muito! Começamos a escalada de forma tranquila, o terreno tinha pouca inclinação apesar de ser uma subida constante. Além disso, o acostamento era bom e o movimento pequeno.
      Após os primeiros 10Km, a estrada piorou, ficou mais estreita e mais íngreme. Já não desfrutávamos mais a beleza e a brisa das montanhas, só nos concentrávamos em girar o pedal. No meio da tarde, chegamos a cidade de Don Matias, no alto das montanhas. Eu fiquei com medo de pegar a estrada a noite e sugeri ao Moacir que nos instalássemos ali até amanhã. Depois de muito debate, resolvemos seguir viagem e completar os 80Km programados.
      Havíamos escutado que depois de Don Matias o terreno era plano. Entretanto, o plano dos povos andinos é um pouco diferente do nosso. Passamos o resto do dia subindo e descendo montanhas. A cada curva nos desanimávamos mais com a próxima subida. As únicas coisas que nos estimulava era a vista dos vales e o medo de pegar a noite em uma região desconhecida.
      Conforme o sol ia se pondo, o desespero ia aumentando. Esforçamo-nos ao máximo para mantermos o ritmo no final da pedalada. E, felizmente, no início da noite chegamos a Santa Rosa de Osos.
     A cidade não era exatamente o que estávamos esperando. Era pequena, com pouca estrutura e um pouco “suspechosa”. Desta maneira, optamos por dormir num hotel na estrada que possuía seu próprio restaurante e bastante movimento. Após um banho quente e vestir as roupas de inverno, descemos para jantar. Comemos uma bandeja de frango e uma de carne. Como era comida demais, levamos um pouco para o desayuno. Depois da janta, voltamos para o quarto e nos preparamos para dormir. Tivemos que deitar com dois cobertores para conseguir nos aquecer e relaxar para os próximos quilômetros que teremos amanhã.
Gastos
- Hotel: R$25,00 - Mercado: R$5,90 - Almoço: R$10,5 - Janta: R$22,00
Estatísticas
- Distância: 53,82Km - Tempo: 5h16min32” - Média: 10,1Km/h
Condições da estrada
- Medianas, pois o acostamento era estreito

quinta-feira, 28 de julho de 2011

246° Dia – Medellin – Girardota – 20/07/2011 – Quarta-feira


      Hoje acordamos tarde, pois acabamos dormindo depois da meia-noite devido a organização dos equipamentos. Após o café da manhã reforçado, terminamos de arrumar o que faltava e nos despedimos do pessoal do hostel. Mais uma vez, todos foram muito gentis e nos fizeram sentir muito queridos.
     A saída da cidade foi bastante conturbada, o trânsito estava intenso e o caminho que escolhemos peo GPS era um pouco “suspechoso”. Após uma hora de sobe e desce dentro da cidade, conseguimos chegar à estrada. O sol estava forte e o calor insuportável. Eu (Cris), até senti dor de cabeça por tanta exposição ao sol. Como estávamos adiantados no cronograma, o calor estava terrível e teríamos muita subida pela frente, preferimos parar em Girardota (uma cidade satélite de Medellin) e deixar a subida para amanhã.
      Após pesquisarmos por toda a cidade, acabamos ficando no único hotel que havia. Infelizmente, o preço era altíssimo e isso nos deixou um pouco irritados. Como era: ou isso, ou subir 100m de altitude até o próximo povoado, decidimos ficar. Pelo menos havia piscina no hotel e boa estrutura.
      Assim que nos instalamos, ficamos no quarto atualizando o blog e descansando. No entardecer, saímos do fresco casulo e caminhamos até o centro da cidade. Estava ocorrendo uma série de apresentações de danças populares em homenagem de 20 de julho (dia da independência). Achamos muito interessante o patriotismo da população, todas as casas estavam decorados com as cores da Colômbia e com bandeiras nas janelas. Assistimos as apresentações, conhecemos a bela igreja de Girardota, demos uma volta na praça e fomos jantar.
     Comemos em um restaurante de comida caseira localizado na frente da praça. Pedimos duas “bandejas paisa” (um prato de carne com arroz, feijão, banana frita, salada e ovo frito) acompanhadas de limonada e de “mazamorra” (uma mistura de caldo de milho com leite). A única coisa que o Moacir gostou da mazamorra foi que servem ela com um pedaço de goiabada. Satisfeitos com o delicioso jantar, caminhamos mais um pouco pelo centro e voltamos ao hotel.
     Assim que chegamos ao quarto, eu fui fazer a manicure – não é fácil ser mulher e cicloturista (hehehe) – e o Moacir foi conversar com o pessoal pelo MSN. Em seguida, arrumamos os equipamentos, pois amanhã teremos que acordar cedo. E, depois de tudo pronto, colocamos um “timer” na televisão e caímos na cama.
Gastos
- Hotel: R$60,00 - Janta: R$15,00
Estatísticas
- Distância: 31,92Km - Tempo: 1h51min14” - Média: 17,1Km/h
Condições da estrada
- Medianas, pois o acostamento era muito estreito.

quarta-feira, 27 de julho de 2011

245° Dia – Medellin – 19/07/2011 – Terça-feira


      Acordamos com um gostinho de despedida, pois hoje é nosso último dia em Medellin. Tomamos nosso café da manhã e fomos ao nosso último destino da cidade: o Parque Explora. O parque é tipo um museu que serve para mostrar para as pessoas as mais diversas teorias científicas, leis da física e tantas outras experiências.
      Chegando lá, parecíamos crianças “brincando” nos experimentos. Alguns já eram conhecidos, mas vários eram novidade. Relembrávamos algumas aulas da época de colégio, enquanto percorríamos as dependências do parque. O local é bem extenso e cheio de atividades. Em seguida, fomos às dependências do aquário e do vivarium. O aquário era cheio de cores, com muitos corais e peixes extremamente coloridos. No vivarium, vimos mais algumas espécies de rãs, cobras e insetos. Depois de ficar umas 2h caminhando, demos uma pausa para comer algumas frutas que tínhamos levado. Um pouco descansados e alimentados, fomos conhecer o setor de física aplicada ao cotidiano.
      Ficamos mais 1h vendo a nossa impulsão, força do chute, velocidade de corrida, condutividade elétrica, temperatura corporal e tantas outras coisas. Quase perdemos a hora de ver o filme 3D que começava às 14h30min. Saímos de lá rapidamente e nos dirigimos ao auditório. Chegamos em cima da hora, pegamos os nossos óculos e nos sentamos para ver o espetáculo. O filme era sobre uma zona da África em que a presença humana é pequena e os cardumes de sardinha são alvo dos mais diversos tipos de predadores. O enfoque principal eram as mudanças climáticas e na natureza provocadas pela ação do homem.
      Saindo do auditório, decidimos voltar para o hostel, pois ainda teríamos que passar no banco para sacar dinheiro. Sendo assim, fomos para a estação para pegarmos o metro de volta. Desembarcando na nossa estação, nos separamos: a Cris foi para o hostel para testar o produto de cabelo que tinha comprado e eu fui para o banco para tentar, mais uma vez, sacar. Fiquei 1h na fila e, quando finalmente chegou a minha vez, a caixa me disse que não tinha como sacar.
     Saindo do banco, peguei dois combos de pizza (duas fatias de pizza, refrigerante e um sorvetinho) e voltei para o hostel. Como a Cris ainda não tinha acabado o tratamento, saí para fazer câmbio. Retornando, comemos e começamos a arrumar tudo para a nossa partida de amanhã. Mais tarde, ainda requentamos o resto da comida que tínhamos feito para jantarmos. De barriga cheia, fomos dormir, pois amanhã a pedalada continua.
Gastos
- Hostel: R$18,00 - Parque Explora: R$28,00 - Metro: R$7,00 - Almoço: R$13,80 - Peluqueria: R$7,10 - Bebidas: R$6,90

terça-feira, 26 de julho de 2011

244° Dia – Medellin – 18/07/2011 – Segunda-feira


      Mais um dia em que acordamos tranquilamente, tomamos o nosso café da manhã reforçado e fomos explorar a cidade. O objetivo de hoje era conhecer o centro e alguns museus. Saímos do hostel por volta das 11h e fomos caminhando até a estação de metro.
      Desembarcamos na estação “Parque Berrio” e começamos o nosso city tour. Nossa primeira parada foi no museu Rafael Uribe Uribe. A construção tem um toque diferenciado que chama a atenção de todos que passam próximo. Demos um vistaço rápido na exposição e vimos obras muito legais feitas em troncos de madeira.
       Saindo do prédio, nos demos de cara com a praça das esculturas de Botero. Ficamos uns 30min admirando e tirando fotos com as diversas obras deste artista colombiano. Não entendemos nada de arte, mas ele dava um toque único às suas pinturas e esculturas, muito legal mesmo!
      Também na praça, vimos o Museu de Antióquia (região em que Medellin se encontra) e, por ser segunda, a entrada era grátis. O museu é dividido em inúmeras salas com os mais diversos temas. Andamos e andamos pelos três andares do prédio e ficamos encantados com tantas exposições com diferentes abordagens de temas variados. Tinha até uma exposição sobre o novo conceito de “sociedade” que é vendido para as classes alta e média nos novos empreendimentos imobiliários que possuem tudo que as pessoas precisam dentro de um espaço rodeado por muros e cercas eletrificadas que tornam o local seguro, confortável e num ambiente familiar, ignorando tudo e todos que estão ao seu redor e possuem uma situação diferente.
      Saindo do museu, fomos dar uma caminhada pelo centro. Fomos até a catedral (que não tem nada demais) e demos uma paradinha para almoçar, pois já era umas 15h e só tínhamos tomado nosso desayuno. Esperamos dar uma baixada no sol (o calor estava bem intenso) e, após descansarmos um pouco, voltamos para as calles.
      O nosso próximo destino era uma peatonal (rua exclusiva para pedestres) que o pessoal do hostel havia indicado. Caminhamos durante uma hora e ficamos vendo as diferentes lojas de artesanatos e tudo sobre a cultura colombiana. Ao retornarmos para a estação para pegarmos o metro de volta, paramos numa confeitaria para a Cris degustar mais um docinho colombiano. Pegamos um “tres leches” bem gostoso, mas não tão bom quanto o que comemos em La Mesa. Satisfeitos com um pouquinho mais de açúcar no sangue, embarcamos no metro rumo ao hostel.
     Desembarcamos na nossa estação e fomos direto ao supermercado para comprarmos algumas coisinhas que estavam faltando. Subindo em direção ao hostel, passamos numa peluqueria para a Cris comprar um tratamento para o cabelo que ela estava procurando já faz um bom tempo. Na saída, como o dia estava muito quente, paramos num barzinho para tomarmos uma cerveja. Pedimos um “copinho” (dois litros) para conversarmos e relaxarmos um pouco. Pena que a cerveja estava ao melhor estilo alemão, ou seja, quente! Pelo menos era uma que não tínhamos provado ainda e nos agradou bastante (Club Colombia). Ficamos um bom tempo ali (chegamos com sol e saímos quando já estava escuro) e matamos a vontade de um happy hour.
Curuba redonda, Mangosito, Pitahaya e Mamey (esq para dir)
     Chegando no hostel, fomos prepara a nossa janta. A Cris fez um sanduíche de dar água na boca com o fricassê e a salada de ontem e eu fiz um buffet de degustação de frutas. Tínhamos curuba redonda, mangosito, pitahaya e mamy (esq para dir). A curuba redonda é bem parecida com um maracujá de suco, pois é um pouco azeda. O mangosito (só se come a parte branca) possuí um sabor extremamente doce e uma textura diferenciada, sendo delicioso e único! A pitahaya é uma fruta bem diferente e seu interior preto e branco tem um sabor e é um pouco mais mole que uma pera bem madura (muito boa também). Por último, o mamey é uma mistura de manga (tem um caroço bem grande e é bastante fibrosa) e mamão (pela textura e coloração) e tem uma sabor bem diferente.
     Cheios de tanto comer, fomos dar uma descansada. O dia de caminhada intensa e a “cervejinha” no final embalaram o nosso sono!
Gastos
- Hostel: R$18,00 - Metro: R$7,00 - Almoço: R$10,50 - Doce: R$4,00 - Ceva com fritas: R$20,90 - Creme para o cabelo: R$35,10 - Supermercado: R$5,00

segunda-feira, 25 de julho de 2011

243° Dia – Medellin – 17/07/2011 – Domingo

      Depois de uma boa noite de sono, acordamos descansados da longa viagem de ontem. Levantamos e tomamos o nosso café da manhã. Quando estávamos saindo, perguntamos ao pessoal da recepção se tinham alguma resposta sobre o nosso pedido de apoio, mas nos informaram que ainda não tinham nada.
       Sendo assim, esquecemos dos custos da viagem e fomos nos divertir explorando a cidade. Como havíamos ouvido falar muito bem do “Parque Biblioteca España”, foi a primeira coisa que fomos conhecer. Pegamos o trem até a estação do “metrocable” (teleférico) que nos levaria ao parque. Pegamos o “bondinho” com umas pessoas muito divertidas que ficavam oscilando entre gritos de medo e explicação sobre os pontos turísticos de Medellin.
       Ao chegarmos na estação da Biblioteca España, caminhamos por entre as ruelas da comunidade até chegarmos aos três prédios da biblioteca. No caminho, vimos muitas pessoas nas portas das suas casas olhando o movimento, outras sentadas em bares ao ar livre e crianças brincando nas ruas. Assim que entramos no prédio, percebemos que a entrada era gratuita e que, realmente, haviam muitas pessoas da comunidade lendo livros, utilizando computadores e aproveitando o local.
      Achamos muito interessante a proposta do local. É uma biblioteca que se localiza no meio de uma favela e que se propõe a incluir a comunidade em um ambiente saudável. Além disso, eles possuem uma sala onde os “veteranos” do bairro contam as suas recordações a fim de preservar a história do local. O mais interessante é que, apesar do Biblioteca España ser considerada um dos principais atrativos turísticos da cidade, toda a estrutura do local é focada em promover a qualidade de vida da comunidade. Inclusive, alguns registros não são abertos ao público em geral. Existem mais quatro projetos similares ao Parque Biblioteca España espalhados pela cidade.
      Depois de conhecermos os três prédios, pegamos o teleférico até o trem (se paga somente uma passagem para pegar ambos) e fomos até o parque dos pés descalços. Esse parque é mais uma proposta da cidade para oferecer entretenimento à população. O “pies descalzos” se caracteriza por uma praça com diferentes setores onde se pode andar descalço: caixas de areia, bosque de bambu com pedras, chafariz e jatos de hidromassagem. Cada um deles conta com um monitor que controla a higiene do lugar. A proposta é: descalça os teus pés e sinta a energia do planeta. Aproveitamos cada uma das etapas do parque e ficamos um bom tempo relaxando na hidromassagem.
     Quando começou a anoitecer, pegamos o trem e voltamos para a estação “cercana” ao hostel. Aproveitamos que havia um supermercado a frente da estação e paramos para comprar frutas e alimentos para a janta. Quando voltamos ao hostel, percebemos que estávamos exaustos. Desta maneira, dormimos um pouco antes de jantar.
     Assim que acordamos, preparamos um fricassê com arroz, purê e salada. Estávamos sedentos por salada! Quando a comida ficou pronta, convidamos o gentil recepcionista, Marcelo, a jantar conosco. Tivemos uma agradável janta e, depois de muita conversa, limpamos tudo e fomos dormir.
Gastos
- Hostel: R$18,00 - Supermercado: R$55,20 - Metro: R$10,50 - Yugoso: R$0,50 - Almoço: R$6,80

domingo, 24 de julho de 2011

242° Dia – Bogotá – Medellin – 16/07/2011 – Sábado

      No final não conseguimos dormir cedo e isto prejudicou um pouco a nossa saída “temprana”. Acabamos acordando às 7h e fomos arrumar tudo para a nossa partida. Tomamos nosso café rapidamente, montamos as bikes e nos despedimos do pessoal da administração do hostel e do Breno (um dos brasileiros que nos deram as dicas do que conhecer em Bogotá). Pegamos as bikes e ainda demoramos meia hora para cruzar a cidade até o terminal terrestre.
      Chegando na rodoviária, fizemos uma breve pesquisa a respeito dos preços das passagens, mas logo vimos que o preço era tabelado e somente variava o que cobravam de excesso de bagagem. Depois de chorar bastante, encontramos uma empresa que não cobrava nada de excesso e ainda aceitava cartão de crédito. Com as passagens compradas, fomos para a área de embarque e começamos a desmontar tudo, pois todos os passageiros já estavam embarcados e o ônibus só estava nos esperando para partir. Ficamos aliviados assim que sentamos em nossas confortáveis poltronas.
Borojó (fruta vermelha)
      Como não teria nada de novo nas primeiras horas de viagem (ao total serão 11!), aproveitamos para descansar um pouco. Caímos no sono assim que o ônibus arrancou, pois o cansaço e o friozinho de Bogotá tornavam uma soneca irresistível. Fomos acordar com a primeira parada para comer. Vimos que estávamos estacionados ao lado de uma banquinha de beira de estrada e avistamos os mangositos (frutas que havíamos visto na estrada no trajeto Cali – Bogotá e que não chegamos a parar para comprar e não encontramos mais depois). Sem hesitar, desci do ônibus e comprei uma sacolinha de mangosito e um pacotinho de batata frita para a Cris. Quando chegarmos em Madellin, finalmente, experimentaremos mais estas iguarias.
      Assim que o ônibus começou a rodar novamente, percebemos o calor infernal que fazia (uns 15°C a mais do que em Bogotá). Aqui o clima varia muito em pequenas distâncias. Continuamos pelo vale do rio Magdalena por quase toda a tarde. Lá pelas 17h, paramos novamente para comer uma comida de verdade desta vez. Desembarcamos e pedimos um arroz com pollo e um calentado (um mexido de arroz e feijão), pois passamos a viagem toda comendo mamonzillos.
      Com o cair da noite e o subir das montanhas, o frio se fez presente novamente. Automaticamente, nos abrigamos e demos mais uma descansada. Mais tarde, acordamos e pudemos observar algumas luzes no horizonte. Deduzimos que era Medellin e começamos a arrumar toda a nossa bagunça. Uns 30min depois, o ônibus encostou no terminal norte da cidade e pisamos em Medellin pela primeira vez.
      Depois de montar tudo, ficamos em dúvida em ir para o hostel que procuramos na internet (GEO HOSTEL) ou se deveríamos ficar em algo próximo a rodoviária. Olhamos em volta e, surpreendentemente, o entorno da rodoviária parecia não ter nada e optamos por ir para uma região mais povoada. Com a ajuda do GPS, pedalamos uns 8Km até vermos bastante civilização. Como já estávamos perto do hostel (faltavam só mais 2Km), optamos por pedalar um pouco mais e nos instalarmos num lugar definitivo.
      Assim que saímos da via expressa, começamos uma subida que nos fazia suar bastante. Como era sábado de noite, a rua estava repleta de gente! Tinha barzinho para tudo quanto era lado! Acreditamos que esta região deva ser um dos principais points da noite de Medellin. Depois de subirmos umas 12 quadras, finalmente chegamos na rua do hostel.
     Fomos super bem recepcionados pelo Ricardo e nos instalamos num quarto coletivo, mas que só estávamos nós. Tomamos um bom banho e saímos para comer algo. Caminhamos um bom tempo no meio daquela multidão, impressionados pela quantidade de gente indo e vindo da balada. Finalmente paramos numa pizzaria e pegamos um combo de pizza, refri e um sorvetinho. Tudo estava delicioso! Demos mais uma caminhada e voltamos ao hostel, pois amanhã começará a nossa expedição para conhecer a cidade
Gastos
- Hostel: R$18,00 - Ônibus: R$110,00 - Mangosito: R$5,00 - Lanche: R$1,00 - Almoço: R$10,90 - Janta: R$6,60

sábado, 23 de julho de 2011

241° Dia – Bogotá – 15/07/2011 – Sexta-feira

     Hoje acordamos ansiosos por conhecer a Catedral de Zipaquirá. Ficamos sabendo que ela é considerada a primeira maravilha da Colômbia! Saímos do hostel, pegamos o Transmilênio (linhas de ônibus em que só se paga uma passagem e pode-se pegar vários ônibus) até a estação Portal Norte e lá embarcamos num micro-ônibus até o centro de Zipaquirá.
     Depois de uns 45min, desembarcamos e começamos a busca pelo parque. Fomos perguntando para várias pessoas e caminhando debaixo do forte sol do meio-dia. Como passaríamos a tarde toda entretidos no parque, paramos e pegamos uma batata recheada e duas empanadas. Na subida até a catedral, ainda paramos numa barraquinha de fruta para perguntar sobre uma frutinha verde que havíamos visto em muitas delas. A senhora nos disse que era o “mamonzillo” e que era “muy rica”. Compramos um molho de mamonzillo e continuamos o nosso caminho.
     Conforme caminhávamos, íamos degustando a nova frutinha. Ela tem o tamanho de uma uva e a casca é parecida com a de limão. Para se abrir o mamonzillo tem-se que cravar a unha e fazer um buraco na fina casca para que se possa chupar o seu interior (gosto parecido com a mistura de uma uva com cupuaçu). À primeira vista, o mamonzillo deixa um certo ranço na boca, mas o sabor é bem gostoso. O bom é que, além de alimento, serve como passatempo, pois demora-se um bom tempo para conseguir tirar todas as fibras extremamente bem fixadas no enorme caroço.
     Chegando no parque, ficamos impressionados com o tamanho do local. Tinha parquinho para crianças, praça de alimentação e até uma enorme estrutura para escalada. Entramos na fila da bilheteria e vimos que poderíamos optar por diversos pacotes. Ficamos pensando em qual comprar e acabamos optando pelo mais simples, dando direito de visitar a Catedral de Sal e de ver um filme 3D sobre como é feita a exploração de sal, pois ainda queremos visitar uma feira de artesanato e culinária em Bogotá. As outras opções eram a Trilha do Mineiro (você se fantasia de mineiro e realiza uma simulação de suas atividades por 30min), o museu da salmora, parede de escalada e um trenzinho que fazia um city tour em Zipaquirá.
     Com os ingressos na mão, nos dirigimos para a entrada da mina, mas tivemos que esperar por uns 10min o início do próximo tour guiado. Com a chegada do guia, lá fomos nós. Começamos a entrar embaixo da terra e o guia iniciou a explicação sobre como fizeram o local e tudo mais. Ficamos sabendo que a mina é ativa desde o século XVIII e que ainda existem mais de 800m de profundidade de sal, ou seja, para mais de quinhentos anos de exploração! Toda a Catedral de Sal foi construída numa região já explorada da mina, e foi feita porque a antiga catedral possuía muitas infiltrações por estar muito próxima à superfície da montanha.
     Fizemos todo os 750m de tour guiado até chegamos ao espelho d'água. Lá era o último ponto do recorrido e ficaríamos livres para retornar conforme a nossa velocidade e poderíamos tirar fotos nos tantos lugares incríveis que vimos. Aproveitamos que estávamos lá e ficamos tirando fotos por uns 10min no espelho d'água, pois estava difícil encontrar a melhor regulagem da máquina. Assim que descobrimos a melhor forma, começamos a retornar pelo caminho de vinda para sacarmos as fotos.
     Paramos numa recriação da obra Criação do Homem (Capela Sistina) de Michelangelo, na maior cruz debaixo da terra, na cascata de sal, no presépio e em tantos outros locais. Ficamos 1h só tirando fotos, observando a beleza do local e pensando no intenso trabalho que deve ter sido. Já cansados de tantos flashs, saímos da mina e começamos a retornar para Bogotá. Antes de pegarmos o ônibus, ainda paramos numa lan house para ver a resposta da empresa aérea, mas não foi nada do que queríamos (o preço continuava alto para o nosso orçamento). Um pouco decepcionados, embarcamos para Bogotá.
     Chegando no centro da cidade, pegamos mais um ônibus até a feira de artesanato e gastronomia. Ficamos mais decepcionados ainda com o tamanho e a diversidade da feira. Eram uns 20 estandes, com pouquíssimas variedades de comidas e quase nada de artesanato. Sendo assim, provamos uma arepa com queijo e um arequipe caseiro (deliciosos) e já fomos almoçar. Pegamos um xis e uma mazorca (dessa vez me dei mal, pois não vinha carne, era só milho cozido e passado na chapa com queijo e batata palha) num barzinho ali perto.
     Como não tínhamos o que jantar nem mantimentos para amanhã durante a viagem de ônibus até Cali (nos disseram que a estrada que queríamos pegar estava fechada e que teríamos que voltar até Ibagué exatamente pelo mesmo caminho – LA LINEA DUAS VEZES NEM PENSAR!!!), passamos no supermercado que tinha em frente a feira para fazermos um ranchinho. Compramos um pouco de tudo, até uma lasanha congelada para a janta. Carregados, pegamos o ônibus e voltamos para o hostel.
      Fomos direto arrumar as nossas coisas, pois amanhã pretendemos sair cedo. Depois de tudo pronto, fomos dar uma olhada nos preços de pacotes na internet. Achamos um pacote direto com uma rede hoteleira de tudo incluído (comida e bebida disponível 24h!) que estava em promoção e aproveitamos a oferta para marcarmos a nossa lua-de-mel! Felizes por, FINALMENTE, termos resolvido este dilema, fomos jantar e nos recolhemos à nossa habitacion para descansarmos para a longa viagem de amanhã.
Gastos
- Hostel: R$22,00 - Ônibus: R$27,20 - Catedral de Sal: R$37,00 - Mamonzillo: R$1,00 - Internet: R$0,30 - Lanche: R$4,50 - Arepa com queijo: R$2,50 - Almoço: R$14,00 - Arequipe: R$3,00 - Supermercado: R$36,70

sexta-feira, 22 de julho de 2011

240° Dia – Bogotá – 14/07/2011 – Quinta-feira


     Acordamos depois de uma bela noite de sono em uma cama bem confortável! Tomamos nosso desayuno reforçado, deixamos algumas roupas para lavar e fomos conhecer a cidade. Bogotá é realmente uma metrópole! A cidade é muito extensa, com uma grande rede de transporte público (basicamente ônibus) e com vasta ramificação de ciclovias (existem milhares de ciclistas por toda a cidade). Não achamos que as ciclovias estão em sua forma mais adequada, pois dividem o espaço das calçadas junto com os pedestres (vimos inúmeros “quase acidentes”), mas pelo menos existem!
     Bom, iniciamos o dia indo até o centro da cidade para conhecermos o famoso Museu do Ouro. Entramos no imponente prédio e nos deparamos com três andares de exposição de peças de ouro das mais diversas época e algumas explicações sobre a história da metalurgia. Ficamos impressionados com o excelente e detalhado trabalho de povos tão “primitivos”. Mesmo em tempos tão antigos, eles possuíam um grande conhecimento sobre como trabalhar com os mais diversos metais. Infelizmente, esta cultura foi devastada com a colonização da América do Sul pela coroa espanhola. Ficamos mais de duas horas perambulando pelos corredores reluzentes de ouro tirando fotos e parando para saber um pouco mais da nossa história.
     Saindo do museu, nos deparamos com uma forte chuva. Desde que chegamos, chove todos os dias! Não sabemos se é esta época ou é sempre assim, mas um guarda-chuva é acessório fundamental para o dia a dia na cidade! Como não tínhamos como nos proteger, acabamos comprando uma sombrinha bem simples para quebrar o galho.
     Ao lado do museu, paramos para dar uma olhada nas artesanias colombianas, pois ainda não temos quase nada para lembrarmos da nossa passagem pelo país. Achamos dois martelinhos bem diferentes e muito bonitos, sendo assim, serão eles mesmo que nos ajudarão a recordar desta época. Até mesmo porque não temos mais espaço nas bikes e não queremos levar mais peso até Caracas (onde despacharemos tudo para Porto Alegre com o pessoal que vem nos visitar).
PINTURAS!!!!
     Em seguida, passamos na igreja de San Francisco, na Praça Bolivar (sede do governo), em alguns outros locais e começamos a sentir bastante fome. Decidimos que já era hora de fazer um pit-stop para comer e descansar um pouco. Depois de uns 30min de relaxamento, voltamos para a “pernada cultural”. Antes de mais nada, paramos numa lan house para ver se tínhamos alguma resposta do empresa de turismo que contatamos sobre a nossa viagem a San Andrés (ilha colombiana no caribe), mas infelizmente não havia nenhuma novidade. Passamos por mais uma bela igreja, pela casa da moeda e pelo teatro Colón, que, infelizmente, estava fechado para restauração.
     Quase no final do dia, chegamos ao museu de Botero. Rodamos por umas duas horas entre as suas pinturas e esculturas. Digamos que todas as obras do artista tem um formato mais arredondado que, segundo ele, não quer dizer que as figuras são gordas, mas sim “voluminosas”, ressaltando sua consistência e volume. Ficamos encantados com a beleza de algumas obras. No complexo do museu, ainda encontramos uma exposição independente de alguns artistas e estudantes da cidade, sendo algumas obras bem interessantes.
     Esgotados de tanta cultura e caminhada, pegamos o ônibus de volta. Descemos na parada próxima ao hostel e aproveitamos que algumas lojas ainda estavam abertas e fomos procurar um vestido para a Cris. Passamos numas cinco lojas até que, finalmente, achamos algo mais parecido com o gosto brasileiro e com um preço em conta. Aproveitamos a barganha e compramos logo dois para não se preocupar mais com isso, pois teremos seis meses de praia pela frente.
     Bem cansados e sem vontade de sair depois de estarmos de volta ao hostel, optamos por passar num restaurantezinho e pegar a nossa janta para levar. Pegamos ½ pollo assado com batata e um arroz com pollo e fomos bem felizes para o hostel. Tomamos um bom banho e ficamos pesquisando sobre Bogotá e os pacotes turísticos para San Andrés. Depois de um bom tempo com a cara enfiada no computador, descemos para a cozinha e calientamos a nossa janta. Com a barriga cheia, voltamos para a nossa pesquisa e depois fomos dormir, pois amanhã pretendemos conhecer a Catedral de Sal em Zipaquirá.
Gastos
- Hostel: R$22,00 - Almoço: R$12,40 - Janta: R$14,00 - Ônibus: R$6,80 - Museu do Ouro: R$6,00 - Balas: R$0,30 - Internet: R$0,30 - Vestidos: R$72,00 - Sombrinha: R$7,00 - Martelinhos: R$7,20 - Lavanderia: R$6,00

quinta-feira, 21 de julho de 2011

239° Dia – Bogotá – 13/07/2011 – Quarta-feira

      Acordamos depois de uma bela noite de sono no sofá do hostel e começamos a nossa romaria até as agências de turismo que havíamos pesquisado. Saímos do hostel e pegamos um ônibus até o centro comercial Maloka e já passamos em duas agências. Como o preço estava um pouco acima do que pretendíamos pagar, fomos caminhando até uma terceira agência que ficava a uns 4Km. No meio do caminho começou a desabar o céu. Uma chuvarada nos pegou completamente desprevenidos. Como estávamos com fome, aproveitamos que o aguaceiro parecia que não iria parar tão cedo e fizemos um pit-stop numa lancheria. Pegamos duas empanadas e um “postobom” (refrigerante local) de maçã para provarmos. O refri era bem gostoso, sendo um dos melhores que provamos até agora.
      A chuva deu uma trégua e continuamos a nossa caminhada. Andamos mais uns 50m e chegamos à agência. Fomos super bem atendidos e os preços estavam mais acessíveis também. Pena que não tinha hotel para a data que queríamos (deixamos para ver tudo muito em cima da data) e tivemos que nos contentar em deixar o nome na lista de espera e torcermos para tudo dar certo. Saímos da empresa torcendo para que a resposta que receberemos amanhã seja positiva!
      Como o dia era de medidas administrativas e estávamos buscando uma máquina a prova d'água e algumas roupas para a Cris, voltamos para o centro comercial. Passeamos por todo Centro comercial Salitre e não encontramos nada do que queríamos. Sendo assim, pegamos um ônibus e fomos para o Centro Comercial Gran Estacion, pois nos tinham informado que lá havia uma loja da Sony e poderíamos achar caixa estanque para máquina.
      Depois de uns 10min de ônibus, descemos e demos com os burros na água mais uma vez. O shopping realmente era grande, mas não tinha nada do que a gente queria. Não nos demos por vencidos e pegamos mais um ônibus e fomos até o Centro Comercial Andino, que fica na parte norte da cidade (umas 15 quadras do nosso hostel). Mais uns 40min de viagem e chegamos ao nosso destino. Mais uma vez passeamos por todo o shopping e nada! Para nossa sorte, passamos numa loja de fotografia e nos disseram que tinham a máquina que procurávamos numa filial ali perto.
      Saímos do shopping e fomos caminhando até a loja. No caminho, a fome falou mais alto e fizemos uma paradinha para almoçar, pois já era 16h. Chegando na loja, quase demos pulos de alegria, pois FINALMENTE CONSEGUIMOS COMPRAR A BENDITA MÁQUINA A PROVA D'ÁGUA! Foi difícil achar! Mas ainda tínhamos que ver as roupas da Cris. Passamos no Centro Comercial Chile, que ficava na esquina, e não achamos nada que estávamos procurando, mas vimos que tem inúmeras casas de câmbio e que fazem uma boa cotação do dólar. Quase retornando ao hostel, a Cris deu uma última tenteada numa loja que vimos na rua e, finalmente, encontrou o que estava procurando. Satisfeitos com as nossas compras, retornamos ao hostel.
    Quase chegando, passamos no supermercado para comprar algumas coisinhas de higiene e de comida. Chegamos no hostel e nos indicaram qual o quarto que ficaríamos (não teremos que dormir no sofá mais uma noite!). Organizamos tudo e fomos tomar um banho bem quente para nos aquecer. Ficamos atualizando os blogs e fazendo mais pesquisas sobre o caribe colombiano. Antes de dormirmos, ainda saímos para jantar e experimentamos a “Mazorca”. O prato parece um xis tudo, mas sem pão. É uma mistura de carne, frango, milho, batata palha, queijo e bacon que acaba tendo um sabor magnífico!
Gastos
- Hostel: R$22,00 - Janta: R$16,00 - Almoço: R$11,00 - Máquina subaquática: R$180,00 - Biquini: R$45,45 - Supermercado: R$5,80 - Ônibus: R$7,20 - Água: R$1,50 - Lanche: R$3,90

quarta-feira, 20 de julho de 2011

238° Dia – La Mesa – Bogotá – 12/07/2011 – Terça-feira

    Hoje acordamos cedo e preparamos tudo para a pedalada. Entramos na estrada às 9h30min, já subindo o íngreme aclive da cidade de La Mesa. Desde o início, sentimos que a viagem seria “dura”.
    Nos primeiros quilômetros, o calor era intenso e a vegetação predominantemente tropical. A medida que subíamos, o ar ficava mais gelado e o vento mais forte. Pelo menos, já não sofríamos tanto com o calor. Como na América do Sul no Pedal nada é simples, conforme a temperatura ia ficando mais agradável, a estrada ia ficando mais íngreme.
     Após 15Km pedalados, resolvemos fazer a nossa primeira parada. Aproveitamos que haviam diversos restaurantes na estrada para almoçarmos. Pedimos um prato para “compartirmos” e descansamos enquanto a comida não vinha. Estávamos cansados e um pouco preocupados com o horário, pois já passava do meio-dia e só havíamos completado ¼ da viagem.
     Após comermos, enchemos o pneu da minha bike (pois está esvaziando sozinho) e voltamos a pedalar. A estrada ia ficando cada vez mais inclinada e chegamos à seguinte conclusão: a inclinação da estrada é inversamente proporcional a motivação para pedalar. As nossas paradas foram ficando mais frequentes e o rendimento foi caindo ao longo do dia.
     Às 16h tomamos a decisão de que iríamos parar para dormir na cidade de Soacha, pois ligamos o GPS e vimos que estávamos a 2.650m de altitude e ainda teríamos mais 25Km até Bogotá. Ficamos apavorados com a altitude que havíamos chegado porque, em nossas pesquisas, só subiríamos até 2.400m. Desta maneira, concluímos que tínhamos pegado outra estrada e não a que estávamos pretendendo. Ficamos tentando entender o que havíamos feito de errado para não termos visto a entrada para a outra estrada. Concluímos que a estrada em que estávamos não existia no GPS (o sinal aparecia no meio do nada) e que a estrada que o GPS apontava não existia. Resumindo, estávamos na estrada mais difícil para Bogotá e só Deus saberia quando chegaríamos.
      Seguimos pedalando pelo difícil caminho. O Moacir me puxava a maior parte do tempo, mas até ele estava começando a fadigar. Quando chegamos aos 35Km pedalados, paramos para beber um suco de frutas e recarregarmos as baterias. Perguntamos para a dona do bar se faltava muito para a bifurcação que levava até Soacha. Ela respondeu que faltavam 4Km, mas que não era para nos “ilusionarmos” pois eram 4Km de subida. Saímos do bar e subimos 2Km, em seguida, fomos surpreendidos por uma descida de 1Km e mais 1Km de terreno plano até a bifurcação.
      No início da estrada para Soacha, encontramos um ciclista que estava com o pneu vazio. Paramos e emprestamos a nossa bomba, mas foi ele quem nos deu o maior presente: nos contou que até Soacha eram 13Km de descida. Animados com a notícia, embalamos as bikes e curtimos o descanso merecido.
      Como na América do Sul no Pedal nada é simples, chegamos em Soacha e achamos a cidade um pouco “suspechosa”. Sendo assim, optamos por pedalar mais 20Km até Bogotá. A boa notícia foi que o terreno era plano, a má, foi que já era 17h30min e o sol estava se pondo. O trânsito estava caótico e lento, sendo assim, projetamos que iríamos chegar em Bogotá às 22h.
      Como na América do Sul no Pedal nada é simples, mas Deus sempre olha por nós, com 3Km pedalados fomos agraciados com uma ciclovia. Felizmente, esta se estendia até Bogotá. Chegamos na cidade às 19h30min, mas ainda teríamos que pedalar 10Km até o hostel e começava a chover. Sendo assim, decidimos parar para jantar (pois, ao chegarmos no hostel, só teríamos que tomar banho e dormir) em uma polleria no caminho. Após a janta a chuva e o frio estavam mais intensos, o que nos impulsionava a pedalarmos ainda mais rápido.
     Em torno das 20h30min chegamos ensopados no hostel. O Moacir foi falar com os donos e mostrar a nossa carta de apoio da Hostelling International. Como na América do Sul no Pedal nada é simples, o hostel estava cheio (só teriam vagas a partir de amanhã) e, para quebrar o nosso galho, o pessoal nos ofereceu o sofá para dormirmos. Visto que não estávamos em condições de exigir nada, aceitamos o sofá e reservamos o quarto para os dias seguintes.
      O pessoal do hostel La Pinta foi muito legal conosco. Poderiam ter dito, simplesmente, que não tinham mais vagas. Entretanto, nos ofereceram hospedagem com 50% de desconto. Além disso, nos receberam super bem, ofereceram toalhas, paninhos para secarmos as bikes, ajuda para guardarmos os equipamentos e nos deram várias dicas sobre a cidade.
      Foi ótimo tomar banho bem quente num banheiro limpinho depois de toma romaria do dia. E, apesar da pouca privacidade, o sofá parece ser bem confortável. Agora, escrevo este relato enquanto o Moacir arruma as nossas “camas”. Em breve, iremos dormir, pois o dia de hoje foi muito intenso.
Gastos
- Hostel: R$22,00 - Bebidas: R$4,00 - Almoço: R$6,30 - Janta: R$16,60
Estatísticas
- Distância: 75,66Km - Tempo: 7h10min12” - Média: 10,55Km/h
Condições da estrada
- Ruins, pois, apesar do bom asfalto, não tinha acostamento e tínhamos que pedalar na linha branca.

terça-feira, 19 de julho de 2011

237° Dia – Girardot – La Mesa – 11/07/2011 – Segunda-feira

     Acordamos e já começamos os preparativos para partir. Enquanto montávamos as bikes, diversos hóspedes e funcionários do hotel ficaram nos dando dicas sobre a estrada até La Mesa. Agradecemos o incentivo de todos e colocamos as rodas na estrada.
      A saída da cidade foi tranquila, sem movimentos e com pequena inclinação. A estrada, em contraponto, era muito ruim, sem acostamento e toda esburacada. Além disso, o calor estava intenso (até o gramado das casas e o pasto dos campos estava queimado pela ação do sol e a falta de chuva).
     Felizmente, o terreno era surpreendentemente plano e quase não fazíamos força para pedalar. Esta alegria durou por 30Km, onde paramos para almoçar. Do restaurante, que ficava na cidade de Tocaima, podíamos ver os morros que nos esperavam pela frente. Como estávamos adiantados no roteiro do dia e o sol estava muito forte, ficamos uma hora e meia sentados no restaurante descansando e esperando o sol baixar.
      Assim que o dia ficou nublado, pegamos as bikes e seguimos. No caminho, vimos diversos carros no sentido contrário carregados de bicicletas, acreditamos que sejam as equipes que competirão na Volta a Colômbia que se inicia dia 13/07. O Moacir ficava se martirizando por não poder participar da competição enquanto eu agradecia por estarmos nos dirigindo no sentido contrário.
      O restante do caminho até La Mesa foi complicado. Foram 40Km de subida com forte inclinação no calor intenso. O ar úmido dificultava a respiração e nos fazia suar ainda mais. Pedalávamos a 7Km/h e com muito esforço. Para piorar a situação, tínhamos que disputar a estrada com os carros, que não respeitavam a distância e nos jogavam na mata.
      Ao chegarmos na cidade (que fica em uma “lomba”), começamos a procurar onde ficar. Depois de muito sobe e desce, encontramos uma hospedagem que não era boa nem barata, mas era a menos cara da cidade. Instalamo-nos e saímos para jantar. Encontrar um restaurante também foi difícil e acabamos comendo em uma polleria mesmo. Aproveitamos a saída para passarmos no supermercado e pegarmos uns doces em uma padaria.
      Agora, estou escrevendo este relato e degustando uma torta “tres leches” (tipo pão de ló molhado com leite condensado e recheado com nata e morango) e o Moacir está nomeando as fotos no computador. Em breve, vamos trocar de postos e nos prepararmos para dormir. Esperamos que o terreno de amanhã seja menos íngreme.
Gastos
- Hotel: R$30,00 - Bebidas: R3,90 - Almoço: R$3,50 - Mercado: R$14,20 - Janta: R$19,80 - Sobremesa: R$5,00
Estatísticas
- Distância: 72,55Km - Tempo: 5h34min45” - Média: 12,9Km/h
Condições da estrada
- Ruins, pois, apesar do bom asfalto, não tinha acostamento e tínhamos que pedalar na linha branca.

236° Dia – Girardot – 10/07/2011 – Domingo

     Hoje o Moacir acordou cedo e tentou me acordar diversas vezes. Segundo ele, ou eu reclamava, ou eu xingava, ou eu nem respondia. A única coisa que lembro é que acordei às 9h exaustas (mal conseguia abrir os olhos) e pedi para ficarmos mais um dia em Girardot.
     Ultimamente, tenho tido muita dificuldade para dormir. Não sei se é porque o meu corpo se acostumou a gastar muita energia e não quer desligar até eu acabar com elas, ou se é porque tenho comido muito doce, ou se estou com overtranning. Sei que não é overtranning, na realidade, mas gosto da ideia de não ter que me desprender dos doces nem do ócio (risos).
      Continuando, dormimos até às 11h e ficamos enrolando na cama até às 2h. Como já estava tarde, optamos por não tomarmos café da manhã e já sairmos para almoçar. Dirigimo-nos até o restaurante onde jantamos ontem, pois adoramos os sucos naturais de lá. Após o almoço, saímos a caminhar pela cidade a fim de conhecermos um pouco mais e aproveitarmos para pesquisar preços de vestidos e máquinas fotográficas subaquáticas (pretendemos conhecer a ilha de San Andrés no caribe colombiano). Caminhamos por uma hora e meia, mas o calor intenso nos obrigou a voltar para o hotel.
     Ficamos na frente do ventilador o resto do dia, fazendo pesquisas na internet e assistindo televisão. Às 20h, saímos para jantar. Como tudo estava fechado ou fechando, sentamos no mesmo restaurante para comermos e voltamos para o hotel. Em breve, iremos dormir, pois amanhã teremos 65Km de subida.
Gastos
- Hotel: R$25,00 - Almoço: R$22,10 - Janta: R$16,40 - Vestido: R$35,00 - Yogoso: R$0,80

segunda-feira, 18 de julho de 2011

235° Dia – Ibagué – Girardot – 09/07/2011 – Sábado

      Acordamos, desayunamos, arrumamos o que faltava e já partimos rumo a Girardot. Sabíamos que o dia não seria muito difícil, pois Ibagué está a 1.200m acima do nível do mar e Girardot somente a 400m. Saindo do hotel, pegamos uma larga avenida que nos levaria diretamente até a estrada. Enquanto pedalávamos, nos surpreendíamos com o tamanho e desenvolvimento de Ibagué, pois acreditávamos que a cidade se resumia ao centro (bairro em que estávamos hospedados) e um pequeno entorno. Depois de uns 7Km de bastante trânsito e de algumas paradas para perguntar o caminho, finalmente chegamos à estrada.
      Estávamos maravilhados por termos uma excelente constituição do relevo a nossa frente, pois a descida não era muito íngreme e nem muito suave, ou seja, não precisávamos nos preocupar em frear nem em pedalar e, mesmo assim, mantínhamos uma média de 27Km/h. O negócio era só curtir a paisagem! Num determinado momento, um motociclista encostou do nosso lado e começou a conversar. Ele nos disse que deveríamos pegar um desvio mais a frente para irmos pela estrada nova e não termos que passar por Espinal, pois a cidade é bem perigosa. Com a informação registrada, continuamos o nosso “passeio”.
      Depois de uma íngreme descida e uma leve subidinha, chegamos a um povoado e vimos que já era hora de pararmos para comer alguma coisa. Sentamos num restaurante e pedimos uma carne assada para dividirmos (quando estamos pedalando não da para comer muito). Alimentados, continuamos com as pedaladas. A paisagem da estrada lembrava um pouco a ida para o litoral sul do Rio Grande do Sul (RS-040).
      Chegamos nos desvio que o motoqueiro havia falado e pegamos o acesso à estrada nova. As pistas foram se modificando e passaram de uma via de mão dupla para uma via de três faixas para cada sentindo e com um canteiro no meio. Subimos um pequeno morro e tivemos a visão de um imenso vale a nossa frente (Girardot fica no vale entre a cordilheira central e a oriental). O local era realmente bonito e aproveitávamos o excelente acostamento para pedalarmos lado a lado e conversarmos bastante (coisa rara nos últimos dias de pedalada).
      Depois de um bom tempo pedalando, avistamos a bifurcação para Girardot. Após mudarmos de estrada, pedalamos mais uns 8Km e já chegamos na cidade. Passamos por vários hotéis até conseguirmos achar um bonzinho e com preço acessível. Logo que chegamos, também pudemos ratificar a informação de que a cidade era extremamente quente, pois já era fim da tarde e o calor estava insuportável. Instalamo-nos e tomamos um excelente banho gelado (nem tão gelado assim, pois o calor do sol chegava a esquentar a água dos canos mais expostos).
      Em seguida, fomos ao supermercado para nos reabastecer, pois todas as nossas comidas praticamente acabaram ao mesmo tempo. Como a fome estava grande e não sabíamos onde iríamos jantar, assim que saímos do super, paramos numa lanchonete e pegamos dois pedaços gigantescos de pizza. Um pouco mais tranquilos, começamos a procurar onde comer. Vimos um restaurante bem bonitinho e com sucos naturais a preços bem acessíveis, sendo assim, lá fomos nós.
      Pegamos uma bandeja da casa (bife, arroz, salada, batata frita, feijão e ovo frito) e mais dois sucos bem gelados! Tudo estava maravilhosamente saboroso e ficamos extremamente satisfeitos. Saindo do restaurante, fomos para o hotel. No meio do caminho, a Cris teve um desejo de matar o calor com um sorvetinho. Como tínhamos visto uma sorveteria que tinha “sorvete de Paila” (faz tempo que queríamos provar), voltamos ao centro e pegamos um sorvetinho de arequipe (doce de leite deles) e curuba (fruta local – depois descobrimos que é taxo, aquela que provamos no Equador). O sorvete era bom, mas o melhor de todos disparado foi uma provinha de coco que a atendente colocou. Quando estávamos quase acabando, o dono nos ofereceu algo e não entendemos direto, mas aceitamos. Ele pegou o nosso potinho e voltou com ele quase cheio de sorvete de amora. Agradecemos e mandamos ver. Literalmente empanturrados, voltamos para o hotel.
     O calor era infernal e tomamos mais uma ducha para tirar o suor do corpo. Como tínhamos wifi no quarto, aproveitamos para atualizar os blogs e continuarmos no árduo trabalho das nossas pesquisas. Em breve vamos dormir, pois amanhã teremos que acordar cedo para começarmos a nossa escalada até Bogotá.
Gastos
- Hotel: R$25,00 - Janta: R$12,40 - Almoço: R$13,00 - Supermercado: R$16,90 - Sorvete: R$5,00 - Pizza: R$7,40
Estatísticas
- Distância: 67,38Km - Tempo: 3h09min08” - Média: 21,2Km/h
Condições da estrada
- Excelentes.